domingo, 20 de dezembro de 2009

UM CHILENO E UM PORTUGUÊS COMO MELHORES DE 2009!!! até então...

Apesar de não ter postado sobre o Santa Carolina reserva, casta Carmenere, safra 2007, fica aqui o devido registro do ATLAN VITIS para o ENOBLOGS, como um dos melhores vinhos neste 2009 que se finda; lado a lado com o Dão 2005 do Club des Sommeliers, um vinho tinto português que não só me arrebatou como a grande surpresa do ano, mas também a de pessoas mui próximas a este editor do Atlan Vitis - poderemos rever em dão 2005 .

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

TRANSPOSIÇÃO DE RIO VIA VINHO


Vinho Rio Sol Vale do São Francisco – 2006
Cabernet Sauvignon e Syrah
13% 13/12/2009 R$ 9,98 (no Hiperbompreço) Nota: 78

INTRÓITO: A transposição do Rio São Francisco já pode ser sentida de há muito tempo... através dos vinhos por lá produzidos. E este Rio Sol é um dos expoentes. Vejamos...

COPO/COR: vermelho tijolo ou vermelho pálido. Não há mais a cor ruby intensa como anunciado no contra-rótulo;

AROMAS: Ares de terra molhada com frutos vermelhos maduros trazendo-nos lembranças rústicas do campo. O álcool está incrivelmente discreto - esperava uma alfinetada!

INTERMEZZO: gosto do casamento da letra “o” do rio com o sol... gerando um oito, um infinito, uma certa mística real para uma real mística dos vinhos. para tal vide sitio: http://www.riosol.com.br/

BOCA: Apesar de nunca ter bebido da água do belo Rio São Francisco, em boca este vinho evoca-nos uma nítida impressão de sabor e cheiro de rio, ribeirinho, ribeirão; num remanso lado a lado com encostas de barro e terra úmida.

PÓS-BOCA: Percebe-se frutados levemente adocicado, porém, rápidos... eqüidistantes à duração de um mero segundo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: a primeira idéia ou “coisa” a ser desenvolvida como uma idéia do que seja uma impressão para este vinho é o forte desejo de vê-lo melhorar. Desejos de poder vislumbrar um vinho do nordeste brasileiro e sua vinícola produtora a atingir um grau de satisfação que nos arranque suspiros de júbilo.
Contudo, numa esfera de avaliação imparcial, temos um vinho com certo vigor nos aromas. E lado a lado com estes aromas temos, em boca, uma transfiguração desta força pacífica dos aromas, levando-nos a um passeio em um cânion desconhecido no mundo dos vinhos. Pena que num átimo este passeio não passe de um devaneio onírico. Força para que em breve venhamos a degustar outros “Rio Sol” com uma impressão mais duradoura.


Na abertura do sitio da RIO SOL há um pequeno trecho/texto que resume bem a impressão do Atlan Vitis, caiu como luva: "Na numerologia o oito representa o Logos, poder criativo e regeneração."

Em tempo: já experimentei outros da Rio Sol, porém ainda não os experimentei com o olhar Atlan Vitis. De princípio registro: impressões para melhor existem a estes enigmáticos vinhos do Rio São Francisco!
PPN: 72...78

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vinho DOÑA DOMINGA – Chilean “Huaso” dance


DOÑA DOMINGA – Chilean “Huaso” dance 2008
70% Cabernet Sauvignon – 30% Carmenere Old Vines

Colchaga Valle – Chile (Viña Casa Silva S.A.)
R$ 16,90 13,5% 28.11.2009 nota: 84


INTRÓITO: neste cosmos da Enologia em “assemblage” com a viticultura e a vinicultura, será sempre uma honra podermos – ou assim que a vida nos for permitindo – desfrutar vinhos oriundos de videiras centenárias. A Viña Casa Silva, sabedora desta riqueza simbólica, oferece-nos de forma até modesta, inúmeras possibilidades. Este Doña Dominga é uma dessas possibilidades. A mais modesta? Saibamos...


COPO/COR: Rubi cristalino – claramente jovem;

AROMAS: frutado para frutas silvestres vermelhas;

INTERMEZZO: aconselho a visitarem o blog sitio http://www.qvinho.com.br/ e garimparem o ótimo post Qvinho On The Road 2009 – Casa Silva;

BOCA: frutados exuberantes – será que exagerei?

PÓS-BOCA: Taninos presentes sem serem agressivos nem tampouco mui distantes; um vinho correto e honesto para o dia a dia. Porém, um vinho de matrizes centenárias que proporciona um final agradável na boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Temos com este Doña Dominga um vinho honesto e correto e com uma relação de custo beneficio muito salutar – ao nosso bolso e à nossa saúde.


Contudo, vale aqui a ressalva de sabermos que na linha da Casa Silva os vinhos galgados acima deste desbanca tranquilamente este belo corte de Cabernet Sauvignon com Carmenere, como pude constatar em rápida pesquisa via internet e nãoa in loco.


Será que este Doña Dominga em comparação com os outros da centenária Viña Casa Silva há de emparedá-lo como um simples aperitivo ou um mero limpa garganta?


Para o Atlan Vitis fica uma certeza e um caminho apontado após degustação: que o embalo – por enquanto desconhecido - deste Chilean “Huaso” dance vinho Doña Dominga seja apenas o alongamento aquecimento para uma boa seqüência com futuros outros bons vinhos desta respeitada Casa Viña Chilena. E a esta minha afirmação reitero: consultem o excelente postagem em Qvinhos http://www.qvinho.com.br/vinhos/chile/qvotr2009-vina-casa-silva/

EM TEMPO: dizem que a primeira impressão é a que fica. Digo-vos: este rótulo da Doña Dominga é simples e alegre com esta feliz referência à dança “Huaso”. Conquista pelo olho, gerando confiança ao desbravar da primeira impressão.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BENJAMIN TEMPRANILLO 2008


TITULO: Benjamin tempranillo 2008
nieto senetiner - ARGENTINA
13% R$: 18,90 nota: 82
Data: 06.12.2009

COR: vermelho quase profundo, límpido e brilhante... talvez um belo ruby se pronunciando...

AROMAS: frutado. Somente frutado. Não em demasia. No limite para sentirmos o frutado somente frutado. Agora, no contra-rótulo propagandeia-nos “ameixas e amoras maduras com notas de menta e chocolate por sua passagem em barricas de carvalho.” Estou até agora tentando sentir... bom, vou fazer algo melhor... adquirir outra garrafa e mantê-la em adega por uns dois anos. Será que ocorrerá alguma mágica com a guarda? De frutados para mentolados e achocolatados? Será?

BOCA: O álcool que se sente via aromas não acontece na boca. É fino e elegante. Não é portentoso. Contudo, trazem-nos lembranças de vitalidade, tal qual um tango a nos empolgar. Cambalacho entre música (Piazzola?) e um casal de excelentes dançarinos de tango.

PÓS BOCA: curto. Mas não curtíssimo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Dizem que a uva tempranillo tem esse nome devido à constatação de amadurecimento muito cedo. Talvez cedo tenha sido minha decisão em abrir este tempranillo da Nieto Senetiner. Digo isto porque às vezes procuro incentivar minha intuição de enófilo neófito e com este vinho estou almejando tê-lo em guarda para daqui a um ou dois anos voltar a experimentá-lo.
Passando da intuição para uma constatação de terroir, percebo que este tempranillo vero se assemelha com os que a miolo vem produzindo via Fortaleza do Seival na região da campanha gaucha.
Devo garimpar também, em breve, um uruguaio tempranillo para fazer valer esta minha constatação de terroir deste cone sul centro atlântico – Brasil, Uruguai e Argentina. No mais este Benjamin Tempranillo é elegante e o suficiente para alegrar-nos. Dito isto se subentenda: não decepciona, mas também não nos decola em eflúvios de vibração! Dá pra ver ouvir e, utilizando uma expressão de Décio Pignatari, “ouviver” tangos bem acompanhado, enologicamente falando.

domingo, 6 de dezembro de 2009

VINHOS COM BIPOLARIDADE...

Dando vazão a este meu espírito neófilo neófito, vez ou outra elaboro algumas questões que podem ter alguma coerência e servir sim de mote para discussões mais elaboradas.

Por isso que num post atrás perguntei: Barricas de ipê roxo existem?

Mas, não o fiz com o intuito único de lançar a missiva ao espaço inifinito da web com seus desdobramentos imprevisiveis. O fiz por estar a labutar em reflexões mil nos porquês da utilização de barricas clássicas: o carvalho francês e seus desdobramentos em finesse (Tronçais, Limousin e Allier) o americano e até o carvalho esloveno... já que aqui no Brasil temos cachaças a envelhecer em barricas (ou seriam tonéis?) de ipê.

Assim, hoje quedei-me a imaginar num momento em que hei de deparar-provar-degustar-vivenciar com um vinho que, intrigantemente, nos faça "enxergá-lo" por até dois caminhos ou mais. Será possível que já exista alguma nota, algum blog e seus autores que nisto tenham se aventurado. Se sim, cá estou para receber tais indicativos... se não, aguardarei tranquilo; com ou sem reflexões a mil.

Porém... hum! ... será que eu já provei um vinho com bipolaridade?

De imediato vou vasculhar nos recônditos arquivos d'alma.

sábado, 5 de dezembro de 2009

VINHOS A ABRIR UMA NOVA PERCEPÇÃO! Parte 2


CLUB DES SOMMELIERS DÃO DOURO 2005

PORTUGAL CASTAS TOURIGA NACIONAL,

TINTA BARROCA E TINTA RORIZ
PRODUZIDO E ENGARRAFADO POR:
CAVIPOR – VINHOS DE PORTUGAL PENAFIEL
Data: 30/11/20009 12,5% Nota: 90 R$ 19,90

AROMAS: Frutas maduras misturado com ares minerais. Madeira elegante, presente, mas sem ser chamativo.

COR: Vermelho Bordô mesclado com tons de “telhado” tradicional. Com sinais visíveis de envelhecimento recente.

BOCA: Uma mineralidade excepcional. Além do mais, descontando que sou um enófilo neófito, digo: Este é o tipo de vinho que hei de degustar sempre – casou com a minha centelha/persona.

PÓS BOCA: Longo, aromático e levemente transcendente.

IMPRESSÃO FINAL: É um vinho que abriu-me todo um écran para a realidade vitivinícola portuguesa. Parelha com o outro Club Des Sommeliers que consumi recentemente (vide postagem anterior), deparo-me, mais uma vez, com um néctar ímpar, que descerrou as portas centenárias desta cultura vinícola lusitana. Deixando-me agora em afinidade incomensurável com este universo de castas que hei, mais do que nunca, desbravar.
Provar vinhos portugueses é preciso. Vivenciá-los é preciso. E não importa de que quadrante luso regional terei em mãos e em taça o líquido que se faz poesia na terra península de poéticas pessoas. Na terra/mar dos Fernandos e Saramagos. Terra/água do Douro, do Dão, do Alentejo... terra além mar desta vizinha Atlan Natal. É preciso e preciosíssimo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

VINHO NA SEXTA-FEIRA TREZE!


VINHOS A ABRIR UMA NOVA PERCEPÇÃO! Parte 1;


CLUB DES SOMMELIERS DÃO D.O.C 2005 PORTUGAL CASTAS AFROCHEIRO, TINTA RORIZ E TOURIGA NACIONAL PRODUZIDO E ENGARRAFADO POR: CAVIPOR – VINHOS DE PORTUGAL PENAFIEL


Data: 13/11/2009 uma sexta-feira treze 12,5% R$ 19,90 (Supermercado)

Enófilo neófito confesso (ou aqui e agora confidenciado), este vinho lusitano inaugura-me, perceptivelmente, uma magia que até então eu não julgava conhecer, apesar de desconfiar. Vinhos que surpreendem e dão um susto ultra agradável. Vinhos capazes de nos presentear, enigmaticamente, sensações e júbilos ante o labor e o estudo da enogastronomia e da degustação propriamente dita.
E foi guiado por uma intuição que me leva a este bem querer milenar das degustações de vinhos, que resolvi sentir os aromas advindos do gargalo da garrafa. Sim! Com o vinho a descansar na garrafa durante um jantar da sexta-feira 13 de novembro, qual não foi a minha surpresa ao “fungar” a garrafa.
Surpresa esta ao deparar com aromas ricamente frutados, porém, não os frutados que vinho após vinho sempre sentira. Eram frutados outros. Exclusivos? Não sei. Creio que ainda hei de amadurecer muito para ser e ter um nariz tipo R.P.; em resumo: posso dizer que eram e talvez, graças à alma de minha memória, ainda o são aromas frutados levemente doces, contudo extremamente agradáveis.
No copo, lágrimas a perfazer linhas lentas para um vermelho nitidamente já denotando guarda; numa busca de inspiração para uma precisão da matiz luminosa cognominada em cor para este vinho, arriscaria misturar este vermelho meio rubi com aquela cor de tijolo de há muito castigada de sol. Talvez um âmbar a fazer um sutil degrade do olho até o anel do vinho na taça.
Minha nota não condiz com o meu devaneio poético para esta degustação ao Atlan Vitis. Mas, quem sabe alguém possa compartilhar de inéditas sensações, como assim o fiz com este “espanta males” num dia de sexta-feira 13?!

Assim, segue minha nota, sem espanto: 90 + 3 pontos extras = 93.


Em tempo: o que é uma sexta-feira 13 caso tenhamos, ou não, circunstâncias boas ou ruins em nossas vidas? Difere em quê de outras datas?


Felizes os que tomaram um excelente vinho,

sem nenhuma circunstância negativa neste 13/11/2009!!!

Detalhe 1: Minha esposa jamais pede outra taça ou repete a prova de um vinho com tanto entusiasmo como foi com este. Para ela vinho é vinho. Mas para mim, desta feita, ao sempre observar e admirá-la com amor, este vinho do Dão a conquistou. Assim, dou-lhe pontos extras.
PPN: 88...93

Detalhe 2:


Espetacular a pizza meia marguerita meia quatro queijos da Tomatino Pizzeria (Ponta Negra – Natal/RN) que compôs este jantar em plena noite de Sexta-Feira TREZE!!! ...