quarta-feira, 30 de junho de 2010

CASA PERINI MERLOT 2008 - BRASIL

Produtor: Casa Perini, Vale Trentino, Farroupilha/RS, Brasil
12% teor alcoólico, -R$ 15...20 R$-
Prova: 16 e 17 de maio de 2010.

INTRÓITO: O Mirante 1101 do Parque do Itatiaia no Município de Parnamirim, fronteira confusa com Natal/RN, foi palco mais uma vez para a prova de um vinho Tupiniquim. Desta vez um vinho fácil de encontrar nos supermercados da Grande Natal. Um vinho que, pelo rótulo e marketing do olhar, oferece-nos informações que aguçam a vontade de experimentá-lo, mesmo se tratando de um vinho nacional sem maiores repercussões. Eis o que foi anotado após dois dias de prova:

COPO/COR: Vermelho tinto jovem. Uma bonita cor.

AROMAS: No contra-rótulo encontraremos a afirmação deste vinho possuir lembranças de: especiarias, frutas maduras e algumas notas de café e baunilha. No primeiro dia, o Atlan Vitis só foi atiçado pela lembrança clara de claras de ovos (por certo por causa de algum processo de clarificação do vinho!). Em algum momento foi perceptível frutas vermelhas maduras... frutinhas. Já no dia seguinte, com o mesmo vinho, só que com a temperatura bem mais baixa, teve a ocorrência de um leve carvalho e talvez alguma fruta verde intromissora nos aromas. Seria alguma uva verde/branca sem querer?! Kiwi? Especiarias ao álcool.

INTERMEZZO: Nos supermercados encontramos uma promoção: dois deste Perini mais um abridor propaganda da vinicola e um corta gotas. Gostei do corta gotas.

BOCA: Gostoso, gostosinho. Mostrou-se até equilibrado ou com certo equilíbrio demasiado que gera-nos um anti-equilibrio. Desconfiança mesmo. Ainda assim mostrou-se moderado em taninos em ambos os dias de prova.

PÓS-BOCA: Mediana persistência. Mas confesso que no primeiro dia cheguei a pensar interrogativamente: “Existe pós-boca, retrogosto, neste Merlot 2008?”

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: No primeiro dia poderia ter sido um desastre se o vinho estivesse desequilibrado e inundado com as claras de ovos. Passou... e o jantar maravilhoso da Chef Nanda cobriu os defeitos de um vinho inadequado para a ocasião. Já no segundo dia senti que a madeira cobriu a Merlot farroupilhana esperada e nada mais. Por favor, ao provarem este vinho – e recomendo, apesar das claras evidências de não ser um vinhaço – não se esqueçam de servi-lo um pouco abaixo da temperatura recomendada. Fiquei com a impressão de que ele se comporta melhor na casa dos 15 graus Celsius. Será?! Agora é com vocês...

Em tempo: Experimentei também, semanas depois, o Cabernet Sauvignon desta mesma linha da Casa Perini. Infelizmente (ou não!) nada registrei em minha caderneta de provas. Ao menos não me lembro das claras. Gostaria de provar outras safras, acima de 2008.

PPN: 72...77

terça-feira, 29 de junho de 2010

ARGENTO VINTAGE 2007 MERLOT, Argentina



ARGENTO VINTAGE 2007 MERLOT, Argentina
Produtor: Bodegas Esmeralda, Junin, Mendonza, Argentina
13% teor alcoólico, -R$ 10...20 R$-
Prova: 01.06.2010

INTRÓITO: Vou logo dizendo duas coisas: Primeiro que é um bom vinho e recomendo para o dia a dia. E a segunda coisa é: não se espantem com supracitada Uva Isabel nesta postagem. É vero e está registrado.

COPO/COR: Vermelho próximo do vermelho escuro com característica de vermelho envelhecido. Não tão envelhecido, conforme se constata no halo em seu desenho degrade suave e bem delineado.

AROMAS: De uva Isabel. É vero! Mesmo na temperatura certa o álcool tenta incomodar. Incomodo mesmo só na primeira taça, depois muita fruta vermelha e... uva Isabel, de novo! Leve madeira. Uva Red Globe também. Poucos aromas. Muito cheiro de Uva Isabel. Uvas maduras demais. Uva Isabel.

INTERMEZZO: O Atlan Vitis já provou um excelente branco da Argento, espia só ;

BOCA: Boa presença de taninos mesmo com a evidência transbordante de uva vitis lambrusca americana brasileira Isabel. E que ótimo! Não tem grandes e ininterruptas lembranças aromáticas em boca desta tal de uva Isabel.

PÓS-BOCA: Discreto e sem uma linha de tempo definida.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Qual outra impressão poderia ter a não ser a de guardar na memória e nos sentidos do agora da prova esta tal de uva Isabel? A de que é também um bom vinho? Sim. E está dito.

Em tempo: Ah! Espetacular!!! Foi harmonizado num jantar de Rondelle de tomate seco com queijo parmesão e molho tarantela. Sob a batuta da Chef Nanda em acompanhamento orquestral dos filhos filhotes. Espetacular!!!

PPN: 78...87

segunda-feira, 28 de junho de 2010

PANORAMAS DE VINHOS NO MUNDO - JULHO DE 2010 - NATAL/RN



Terminada a Copa 2010 no dia 11 de julho, imediatamente Natal, capital do RN, será sede de uma grande confraternização planetária: O Curso Panorama de Vinhos no Mundo.

Vejamos mais detalhes:

O Curso Panorama de Vinhos no Mundo, que terá Dr. Júlio Anselmo como palestrante, será dividido em três módulos.

No primeiro deles serão abordados vinhos brancos e tintos da Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul;

No segundo módulo, os vinhos abordados serão brancos e tintos da França, Portugal, Espanha e Itália;

No terceiro módulo serão comentados cavas, espumantes, champagnes, além de vinhos de sobremesa e vinho do Porto.

Os vinhos que serão utilizados no Curso, serão das Importadoras Gran Cru, Decanter, Garrafeira Lusa e Cava de Vinhos.
Acredito que ainda há vagas. Poucas. Mas que tem, tem.

11º Vinho: VIU MANENT MALBEC ROSÉ 2008, CHILE


Vinho da Viu Manent Estate Collection Malbec Rosé
Produtor: Viu Manent, Valle Colchagua, Chile
13,5% teor alcoólico, -R$ 45...55 R$-
Prova: 13.05.2010 – Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: A força deste rosé foi posta à prova numa harmonização quente. Espetacular combinação que não resultou num combinado casado perfeito. Espetacular combinação segundo os princípios do contraste. Analisemos...

COPO/COR: Um rosé lembrando dindin de groselha. De repente alguém citou: lembrança de Sanarina. Sanarina, enxaguante bucal? Sério? Existiu isso? Ainda bem que era apenas a referencia para a cor. Anotei e agora repasso para esta postagem, mas... deveria?! Estranho... sou mais lembrar de um rosé rosto de neném corado a rir de um aparente nada adulto...

AROMAS: Mousse de maracujá, confitado de frutas vermelhas, doce de goiaba e até de cocada de maracujá.

INTERMEZZO: Como era um jantar mais de confraternização para o fim do curso do que com preocupações precisas para as harmonizações sugeridas, o humor foi a tônica do desbravar deste vinho. Ainda assim, o Atlan Vitis concentrou-se e realmente captou muito do que aqui está descrito.

BOCA: Equilibrado e refrescante. Leve e com agradáveis pontadas dos taninos ou do que de sutil apresentou este rosé.

PÓS-BOCA: Boa persistência em concomitância com uma bela estrutura.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Duas grande impressões. A primeira a qualidade deste Rosé ante o preço. Vale a pena tê-lo. Vale mesmo. E em segundo, o inusitado contraste que favoreceu a uma experiência única. Tai um contraste que dá certo. Romário e Bebeto na Copa de 1994, o baixinho marrento e o esguio e ágil – não tão alto – descontraído baiano brasileiro. E quem sabe, Luis Fabiano e Robinho – um pivô e um serelepe moleque a pedalar em 2010 rumo ao Hexa. Pontas de contrastes para um bem comum. Tal qual este vinho com o que foi harmonizado no “Segundo Prato” do Jantar de Harmonização do Curso “O Vinho em 4 Momentos”.

Em tempo: Foi harmonizado – ou insinuado – com um excelente “Consomé de Tomates Frescos” com crocantes torradinhas preparadas com provolone. Tudo muito bom.

PPN: 80...88

quinta-feira, 24 de junho de 2010

10º Vinho: CEPAS NOBLES SAUVIGNON BLANC 2009 - URUGUAI



10º Vinho: CEPAS NOBLES SAUVIGNON BLANC 2009 - URUGUAI
Produtor: Juan Carrau – Cerro Chapéu – Uruguay
13,5% teor alcoólico, - R$ 35...45 R$ -
Prova: 13.05.2010 – Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um feliz vinho branco para a abertura da noite final do curso. Apresentou-se lado a lado com uma “Entrada” em digna boa harmonização. Um vinho que faz jus ao seu nome “Cepas Nobles”, sendo também uma nobre escolha para momentos à capela ou em refeições como a servida neste curso.

COPO/COR: Jovem amarelo claríssimo, límpido e brilhante. Jovem.

AROMAS: Cítricos potentes. Teria abacaxi? Suco de laranja? Abacaxi bem maduro certamente.

INTERMEZZO: Foi harmonizado com uma “Entrada” sutil e de um verde muito vivo: Salada de Folhas com Queijo de Cabra.

BOCA: Acidez equilibrada, lembrança de vinho verde – segundo o enófilo Marcelo Chianca. Algo herbáceo bem discreto.

PÓS-BOCA: Conquistador e de agradável persistência. Implora por repetir a experiência de mantê-lo em boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Boas lembranças. O Atlan Vitis virou fã deste. Combina muito bem com o clima daqui de Natal, nordeste do Brasil. Como é muito bom, talvez combine com qualquer clima mundão afora. Comparando com o outro uruguaio da primeira noite deste curso – espia só – este 2009 tem uma potência a mais que encanta até aos desencantados com vinhos brancos. É merecedor do PPN posto abaixo. A quem já o provou, o que acham, concordam?

Em tempo: Segundo informações do contra-rótulo, os cuidados para manter a qualidade aromática foram rigorosos. Casta manuseada, ou melhor, minimamente manipulada para evitar a oxidação de seus aromas típicos.

PPN: 85...90

quarta-feira, 23 de junho de 2010

9º Vinho: ESPUMANTE ADOLFO LONA BRUT BRANCO, BRASIL

9º Vinho: ESPUMANTE ADOLFO LONA BRUT BRANCO, BRASIL
Castas: Chardonnay e Pinot Noir
Produtor: Adolfo Lona, Serra Gaúcha, RS - Brasil
12,2% teor alcoólico; - R$ 20...40 R$ - Não safrado!
Prova: 12.05.2010 – Loja Magazino

INTRÓITO: Espumante que fechou a noite do terceiro dia do curso “O vinho em 4 Momentos”. Este Adolfo Lona remete o Atlan Vitis ao Verão de 2010, mês de janeiro. Não por sua referência típica às cervejas em par com o calor nordestino. Mas sim, em especial, pelas citações e boas recomendações de familiares brasilienses que por aqui estiveram. Parentes estes que apreciam um bom Adolfo Lona. Vejamos o que “cervejamos” deste espumante:

COPO/COR: Cor límpida com belos reflexos oriundos de uma possível mistura dourado com esverdeado. Diria até como se fosse uma mistura de cerveja bem clarinha com um vinho branco riesling. Perlage espevitada e constante;

AROMAS: Mais frutado em relação aos demais espumantes desta noite, reveja em: Espumante 1 e Espumante 2 ... Sim, um aroma muito conhecido próximo da cerveja. Cerveja? Brasil? Claro! Leveduras...

INTERMEZZO: maiores detalhes vide site do ADOLFO LONA .

BOCA: Acima de tudo é muito bom apreciar. E encontrei resquícios claros dos aromas citados com um pouco de melado querendo ser o atrevido na boca.

PÓS-BOCA: Boa persistência. Boa insistência. Boa renitência. Boa Cerveja insistente, renitente e persistente.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Obviamente, nesta postagem, estive a brincar com o texto. Contudo, faço aqui uma ressalva clássica: por trás de toda brincadeira persiste “pitadas” de verdade. Assim, insisto no registro das cervejas citadas sem cair na banalidade. Anotei e anotaria de novo caso capte estas impressões.

Em tempo: Apesar do registro acima no “Impressões...” esperava mais deste espumante Adolfo Lona. Será que terei outra oportunidade de encontrá-lo? Se sim, acredito que terei outras lembranças que não sejam somente “cervejas”. Assim espero!

PPN: 78...87

terça-feira, 22 de junho de 2010

8º Vinho: ESPUMANTE PAUL BUR BRUT BLANC DE BLANCS, FRANÇA – não safrado.

ESPUMANTE PAUL BUR BRUT BLANC DE BLANCS,
Produtor: Societé Remoise dês Vins - SOREVI, Merignac, França
Corte: uvas brancas variadas tendo a Chardonnay como principal;
11% teor alcoólico; - R$ 55...65 R$ - Prova: 12.05.2010
8º Vinho: Noite dos Espumantes, Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um espumante não safrado e com incógnitas castas. Certamente a Chardonnay está presente valendo-se como base para este espumante campeão da noite em que desbancou outros dois: um Brasileiro e outro francês do mesmo produtor. Vejamos o que o Atlan Vitis, ainda muito incipiente no território dos espumantes, anotou:

COPO/COR: Límpido com um amarelo pastel claríssimo puxando tons esverdeados.

AROMAS: frutas cítricas, tostados – chips de barrica;

INTERMEZZO: em pesquisas pela web já encontramos algumas postagens sobre este Paul Bur. Veja em: VINHOS DE CORTE ; BELO VINHO e ZAHIL

BOCA: Confortabilíssimo e apetitoso.

PÓS-BOCA: Média persistência com uma elegância fortuita;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Achei delicioso e não hesitarei em prová-lo outras vezes. Acredito que é um excelente espumante. E com este meu acreditar já projeto o quão magnífico deverá ser outros melhores do que este. Parabéns a este Paul Bur!!!

Em tempo: Encontrei referências às outras castas brancas deste espumante, ei-las: Folle Blanche e Chenin Blanc. Será?!

PPN: 82...88

domingo, 20 de junho de 2010

PANORAMAS DE VINHOS NO MUNDO EM NATAL RN



O Curso Panorama de Vinhos no Mundo, que terá Dr. Júlio Anselmo como palestrante, será dividido em três módulos. No primeiro deles serão abordados vinhos brancos e tintos da Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. No segundo módulo, os vinhos abordados serão brancos e tintos da França, Portugal, Espanha e Itália. No terceiro módulo serão comentados cavas, espumantes, champagnes, além de vinhos de sobremesa e vinho do Porto. Os vinhos que serão utilizados no Curso, serão das Importadoras Gran Cru, Decanter, Garrafeira Lusa e Cava de Vinhos.
O ATLAN VITIS já garantiu sua participação. Aguardemos as novidades...

terça-feira, 15 de junho de 2010

REMHOOGTE 2006 – AFRICA DO SUL #cbe


“Tem Vinhos que se transformam, evoluem. E este é um deles. Mas, se transformam como? Num decanter? Em taça? Em boca? Experimentá-lo é imprescindível. Tê-lo em boca será o óbvio para entendê-lo como um Boustred-Rolland transformado. O que isso quer dizer? Só degustando...”

REMHOOGTE 2006 – AFRICA DO SUL #cbe
Produtor: Remhoogte Estate Wine, Hakuna Matata
Simonsberg – Stellenbosch, South África
40% Merlot, 23% Cabernet Sauvignon, 22% Syrah e 15% Pinotage
15% teor alcoólico, - R$ 60...80 R$ - Gran Cru Natal RN
Prova: 13 e 14 de junho de 2010

INTRÓITO: Vinho para a Confraria Brasileira de Enoblogs (CBE), em sua 43º escolha, numa edição extra ou especial – como queiram. Tema: Um vinho da África do Sul fazendo jus à Copa em sua plena efervescência. Com postagens programadas para o mesmo dia da estréia da Seleção Brasileira nesta competição.

COPO/COR: Numa vista aérea temos uma panorâmica de um vermelho rubi escuro, bem fechado. Já numa contemplação da taça inclinada este mesmo vermelho rubi mostra-se vibrante e cativante, enquanto algumas gotas lacrimais bailam baladas lentas ao derredor da taça em par com esta cativante cor vínica.

AROMAS: Ao abrir, uma explosão de carvalho. Depois, muito álcool. Rico álcool. Aromas etílico próprio para frio e... Após primeiro descanso em taça alguns vestígios de frutas vermelhas suculentas. Já após 2 taças servidas e com a garrafa com um bom tempo de descanso, percebemos um acorde suspenso aromático advindo das boas uvas deste blend. Contudo, infelizmente a expectativa pela chegança de uma gama maior de aromas não se confirmou. Paciência ante uma coisa que já estava formidável. Mas, afora o álcool inicial, paciência!

INTERMEZZO: Talvez faltou o frio e o inverno que estão a preencher os estádios na Copa para fazer despertar recônditas gamas aromáticas.

BOCA: Potente e com uma elegância apesar desta força alcoólica. Num frio cai bem demais. Taninos enigmáticos. Cada taça uma história. Em todas, fome de gol... digo: com deixas para outras repetições.

PÓS-BOCA: Os taninos já não ficam comportados e passam a idéia de eletricidade sem danos. Taninos elétricos com duradoura persistência. Semi-guloso. Ritornelo para um acorde de frutas vermelhas suculentas.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Não se deixem enganar pelos devaneios deste editor do Atlan Vitis. É, de fato, um vinho muito bom. Talvez excelente. Quem gosta de vinhos potentes em boca, mui bem conduzidos pelo álcool e sem desequilíbrio, este Remhootge não desaponta. Porém, não é um vinho para ser degustado às presas. Nem com medo de decepções. Não há nenhuma coisa nem outra para este vinho sul-africano. Há apenas uma coisa que tentarei vos transmitir: é um vinho que pode se transformar. Ou vira fera sul-africana ou vira uma Jabulani – a espetacular e imprevisível bola do Mundial de 2010.

Em tempo: Se o Atlan Vitis estivesse atualmente munido de uma adega propicia para grandes guardas, investiria num Remhoogte 2006 para além da copa de 2014. Talvez ainda esteja potente para as olimpíadas de 2016.

PPN: 87...92

quinta-feira, 10 de junho de 2010

7º Vinho: ESPUMANTE PALAIS DE VERSAILES – FRANÇA



ESPUMANTE PALAIS DE VERSAILES – FRANÇA
BLANC DE BLANCS, BRUT, VINHO ESPUMANTE BRANCO
Produtor: Societé Remoise dês Vins - SOREVI, Merignac, França
Castas: Chardonnay e Pinot Noir;
7º Vinho: Noite dos Espumantes, Loja Magazino , Natal/RN
11% teor alcoólico; - R$ 30...40 R$ - Prova: 12.05.2010

INTRÓITO: Este foi o primeiro espumante servido na noite dedicada à dança sempre “pra cima” das bolinhas efervescentes dos espumantes. O enófilo Marcelo Chianca conduziu com enorme descontração sua palestra, finalizando com bom humor e fazendo jus à celebração de mais uma turma de neófitos enófilos potiguares em sua reta final de curso: O vinho em 4 momentos. Vamos à dança clássica e de vanguarda do corpo de baile da pérlage deste primeiro espumante...

COPO/COR: Límpido, com tons amarelados. O espumante com sua exuberância em taça com tons mais fechados e escuros em relação aos demais;

AROMAS: Afora os aromas florais e de frutas típicos para a carga da casta Chardonnay, presenciamos algumas sinalizações aromáticas interessantes, tais como: tostados, chocolates amargos potentes e um cafezinho longínquo. E vejam só, mas não levem muito a sério: pairou em dado momento, aquele cheiro de tapioca tostadinha. Será possível?

INTERMEZZO: Informativo: Este vinho contém Acidulante E-330, Conservante E-220, Antioxidante E-300 e Sulfitos. Não contém glúten. Certificado com o ISSO 9001. E daí, atrapalha? Que o Atlan Vitis saiba não. Será?

BOCA: Fiel á carga aromática descrita complementado com uma certa cremosidade na boca;

PÓS-BOCA: Boa persistência.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Ficou empatado com um espumante nacional numa segunda colocação em disputa saudável – só haviam três no páreo de provas desta noite do curso. Não creio ser um espumante espetacular. Mas ele tem talento para fazer-nos aplaudi-lo perante alguns tributos, como a carga aromática. Nada mais.

Em tempo: Foi surpresa total nos aromas! Assim, o Atlan Vitis continuará a sua pesquisa vínica em busca destes inusitados aromas, em especial este tal de “cheiro de tapioca tostadinha”.

PPN: 78...87

domingo, 6 de junho de 2010

6º VINHO: CHÂTEAU KEFRAYA LES BRETCHES 2007 - LIBANO


6º VINHO: CHÂTEAU KEFRAYA LES BRETCHES 2007 - LIBANO

Produtor: Château Kefraya, Vale Do Bekaa
80% Cinsault, 6% Cabernet Sauvignon, 7% Grenache, 7% Carignan
NOITE DOS TINTOS: Curso: O vinho em 4 momentos
13,5% teor alcoólico; - R$ 55...65 R$ -
Prova: 11.05.2010, loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um vinho que fechou a noite dos tintos e que valeu a noite pela percepção de “Cravo da Índia” – aroma um tanto quanto raro para o Atlan Vitis, como veremos nas anotações abaixo:

COPO/COR: Intensas lágrimas semi-lentas. Um vermelho com sutil tendência ao tijolo – longe, mas presente. A visão inclinada da taça, do degrade do olho ao halo, aponta-nos uma leve evolução com o tempo;

AROMAS: Cravo da Índia. Especiarias, frutas secas e tomate seco (será?!). Damasco? Frutado sempre;

INTERMEZZO: Na ficha técnica do excelente site do Château Kefraya há a informação de que este vinho é um blend de 7 castas, divergindo das informações colhidas durante o curso e em sua apostila. Favor, caso proceda a divergência, acrescentar na lista acima das castas as seguintes: Shiraz, mourvèdre e tempranillo.

BOCA: Um vinho que passa leveza e traz-nos lembranças nítidas de especiarias e alguns traços de aromas mediterrâneos;

PÓS-BOCA: Final longo e com boa persistência. Talvez, se me permitam uma incursão ousada, com uma leve persistência exótica. Um vinho rico na característica de poder deixar vestígios aromáticos em boca, carregando intimamente especiarias. A sua leveza em boca espanta-nos o álcool plausível deste libanês do vale do Bekaa;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Das melhores. Não sei se pelo fato de ter provado um vinho libanês e seu terroir ou ter percebido, mesmo que subitamente – porém, ultra marcante – um real aroma de Cravo da Índia. Este último, o perceber do cravo, ficou marcante para este editor ainda na escalada básica do mundo dos vinhos. O que posso falar a mais a não ser a felicidade de compreender, vinho após vinho, o quão vasto e rico são os cumes daqueles que se arvoram a degustar, estudar e afinar sentidos?! E tudo isso é válido?

Em tempo: É tempo de reflexões. E caso os vinhos degustados, com responsabilidade e sem abuso, proporcionem além do prazer, reflexões, filigranas de meditações em pró das almas daqueles que os provam visando fins maiores de engrandecimento do humano e do espiritual na terra, poderemos nos tranqüilizar e compreender que é válido. Vale o refletir. Vale cedermos um pouco ao corre corre dos dias modernos para estacionarmos momentaneamente a música divina que habita em nós. E escutá-la. Com ou sem Château Kefraya. Bons momentos. Boas castas. Castas de reflexões.

PPN: 85...90

terça-feira, 1 de junho de 2010

#CBE RIO SOL ESPUMANTE ROSÉ 2008 – BRASIL #CBE



RIO SOL ROSÉ 2008 – BRASIL #CBE
Vinícola Santa Maria S.A. – VINIBRASIL
Fazenda Planaltino, Lagoa Grande, Pernambuco
12% teor alcoólico; - R$ ? R$ - Prova: 15.02.2010

INTRÓITO: 42º Vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs. Desta vez um espumante do vale do Rio São Francisco. Sugestão da Fabiana Andrade - vimvinhovenci -
O Atlan Vitis resgatou anotações do Carnaval – uma das últimas que, por sinal, restavam vir à baila neste blog – e aproveitou o ensejo desta crescente e prestimosa Confraria para postar. Ignorem, por favor, a falta de maiores detalhes. Não foi uma degustação programada e sim uma prova típica de carnaval: sem preocupações maiores a não ser com a alegria vivida – em família, como no caso Atlan Vitis.

COPO/COR: Perlage mediana num copo a suar gelo. Cor numa mescla entre o rosa de pétalas de rosas rosinhas mesmo e algum xarope antitussígeno da década de 80. Certamente outros matizes existiram. Porém, um delicioso peixe frito em pleno Carnaval me aguardava ou me distraía.

AROMAS: Se tinha frutados, frutinhas vermelhas isso ou aquilo não me lembro. Apenas transcrevo o que de fato registrei na hora: Goiabas, goiabas e muito cheiro de goiabas!!! Compotas de goiaba. Goiabada. Chico Bento a roubar as mais deliciosas goiabas do Nhô Lau!

INTERMEZZO: A partir daí as anotações do bloco Atlan Vitis cessaram. Um delicioso almoço de Carnaval estava servido.

BOCA: (...) o Atlan Vitis ficará devendo;

PÓS-BOCA: (...) forçando um pouco lembranças da degustação deste espumante teremos: um vinho espumante agradável em boca e com persistência leve. Ah! Mas só me vêm em mente as benditas goiabas...

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Em resumo para um supra sumo do resumo, relato: um espumante com tipicidade de um Rio e de um Sol, mas completamente agraciado por ares de goiaba brasileira. Brasileiríssima. Não estranhem. É vero mesmo! Até hoje me lembro do aroma forte de goiaba. Impressionante. Ou terá sido o carnaval? Será?

Em tempo: Não houve exageros etílicos e vínicos neste Carnaval 2010 a ponto de causar e atiçar nossas mentes com goiabas. Talvez aquele Paulo Laureano branco - espia só! - degustado com mais 2 casais tenha aberto as porteiras de um rio São Francisco repleto de tendências para a goiaba. Que não me deixem mentir os amigos que provaram este espumante. Me ajudem e manisfestem-se caso leiam este post. Vou cobrar hein!?
Sim! E quem foi que levou este espumante para a casa da Dona Nom, na Redinha?

PPN: 78...87