sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ATLAN VITIS EM REFORMULAÇÃO...

Caros,
estou reformulando mentalmente - e espiritualmente - este Atlan Vitis.
Peço perdão por ter cerca de 30 postagens prontas e ainda não divulgá-las.
No entanto, após este meu hibernar, poderemos voltar ao nosso virtual diálogo que ultrapassa as benesses do social pelas nebulosas saudáveis do mundo do vinho.
do editor do Atlan Vitis...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VERTICAL SALENTEIN: MERLOT 1999, Argentina



VERTICAL SALENTEIN: MERLOT 1999, Argentina
SALENTEIN 100% Merlot, Mendonza,
Alto Valle de Uco, Argentina
14,5% teor alcoólico, -R$ ... R$-
Prova: 17.06.2010, na Magazino

Intróito: A capital do Rio Grande do Norte, Natal, foi palco para a realização de uma Vertical com vinhos das Bodegas Salentein no mês de junho. A degustação, promovida pela Magazino, foi ministrada pelo enófilo Marcelo Chianca, expoente mor desta loja. O Atlan Vitis pôde conferir e se entusiasmar com esta inédita vertical. Vamos a este primeiro vinho.

COPO/COR: Vermelho mesclado ao rubi com uma surpreendente parca evidência de evolução para um vinho ano 1999. Há, sutilmente, as cores típicas de um vinho mais velho, discreto, sem reflexos e brilhos maiores.

AROMAS: Ao servir da taça reinava absoluto o álcool. Bom sinal?! Vejamos... pois logo veio o descanso em taça e...Espetacular!!! Chocolate Amargo, baunilha e uma madeira equilibrada com nuances para o café. Um intróito aromático apetitoso. Um convite imediato para direcioná-lo à boca.

Intermezzo: Os vinhos apresentados nesta vertical Merlot Salentein não sofreram em nenhum momento, como bem atestamos nas degustações. Foram vinhos que tiveram o privilégio necessário nos cuidados com transporte, guarda e serviço correto. Congratulações à Magazino por ser um dos responsáveis por este feito.

BOCA: Frutado. Potente quando o álcool dava o seu ar da graça. Depois, ainda potente, porém, com elegância. Equilíbrio decano.

PÓS-BOCA: De inicio, com o Atlan Vitis afoito com este 1999, o álcool conduziu à sensação de desequilíbrio no retrogosto. Contudo, após merecido descanso em taça, tivemos um final de persistência moderada. A acentuação alcoólica já não era o mote principal. Ainda assim era o fio condutor de uma boa sensação vínica em boca e pós-boca. A transubstanciação de um vinho respeitadíssimo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Surpreendente vinho. Custo um pouco para dar o seu ar da graça e contar-nos sua história. Mas essa relação de tempo e espera ficou totalmente descartada ante o espetacular convite aromático exalado de um vinho oriundo de um século findo, de uma década vizinha e de um milênio que ficou para trás. Um vinho a ser respeitado. e existem duas únicas formas de melhor preservar este respeito a este Salentein 1999: tratando-o com os devidos cuidados no transporte e na guarda adequada e, principalmente, tomando-o hoje.

Em tempo: Sempre é tempo de verticais!!!

PPN: 84...90

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

45º VINHO da C.B.E - Confraria Brasileira de Enoblogs; #cbe

Confrades e demais leitores do blog Atlan Vitis,
segue abaixo a lista e seus links das postagens do vinho do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs:

Vinho do mês: Cabernet Franc Nacional

Basta clicar nestes:

Atlan Vitis

Levinaublog

Falando de Vinhos

Azpilicueta96 Temática

Azpilicueta96

Eueovinho

Vinho Para Todos

Alexandre Queiroz

Enoleigos

Marcelo di Morais

Etilicas Notas

Vinhos de Corte


e também no ENOBLOGS - clicando em tags.

saúde!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE



CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE;
45º Vinho para a Confraria Brasileira de Enoblogs.

Frustração? Experiência ou experimentação? Afinal, comprar um vinho que dá todos os indicativos de que foi maltratado é uma atitude boba ou uma atitude de investimento para “conhecimentos enológicos”? E ainda assim: Será que valeu a pena? Será que vale este tal “investimento”? Vejamos...

Como de praxe, todo mês um confrade aponta uma sugestão de degustação para toda a Confraria Brasileira de Enoblogs. A deste mês, casta Cabernet Franc brasileira, foi previamente indicada pelo confrade Jurandir do blog: Eu e o vinho; Escolha excepcional ante uma uva que aparentemente julguei ser de difícil presença como uma varietal 100% nos vinhos nacionais. Mas não, ledo engano. O Brasil dos vinhos finos evoluiu e já oferece um respeitado leque com a Cabernet Franc. Basta, em especial após esta iniciativa mensal da CBE, clicar nos blogs associados e “garimpar” o que o mercado oferece. Curiar sobre o que escreveram os demais membros da CBE.

Sim, os confrades escreveram e...publicaram. Mas, o Atlan Vitis... ficou matutando três dias se publicava ou não o vinho do mês. Se escrevia ou não sobre o vinho adquirido e “parcialmente degustado”. E então... perdoem-me pelo atraso na publicação de um vinho que tentei degustar e que agora apenas serve de mote para uma resenha, uma historieta. Acompanhem...

Natal, cidade cosmopolita e capital de um bravo estado elefante, o Rio Grande do Norte, é considerada por muitos como um verdadeiro paraíso graças às suas belezas naturais e ao aconchego do povo. Dizem que quem chega por aqui são “abrisabraçados” pelos que fazem a atmosfera local e, obviamente, pelo próprio clima.

Certamente, como ocorrem com inúmeras outras cidades mundo afora, Natal serve de cenário para degustarmos vinhos e mais vinhos, independente de seus países de origem, independente de suas safras, gostos e bolsos.

No entanto, e posso falar com propriedade, Natal não oferece as condições ideais para a guarda de vinhos. Sol intenso, luminosidade extrema, temperatura mínima (eu disse mínima hein!) na casa dos 23,24 ou 25 graus em média, umidade relativa do ar sempre rondando a casa dos 100%, dentre outros fatores típicos de um litoral nordestino e de uma cidade com alguns focos de “rush” térmico, são indícios claros, claríssimos, do quanto um vinho irá sofrer por aqui.
Salvo aqueles que se comprometeram a ter em suas casas ou estabelecimentos comerciais toda uma aparelhagem (adegas, etc.) necessária às necessidades de guarda dos vinhos, minha querida Natal, definitivamente, não é um paraíso para a guarda de vinhos. É compreensível, concordam? Mas vejam só: apenas para guarda. Para degustar... hum até parece que o vinho fica mais encantador. Será? Venham conferir...

E, sabedor disto tudo, após rodar por duas semanas na caça por um Cabernet Franc Brasileiro disponível, apenas pude ter a chance (afora pela internet) de adquirir uma garrafinha de 375ml do vinho numa loja de turismo, especializada em castanhas de caju.

Esta loja eu já conhecia. Uma loja sem ar-condicionado. Já comprei castanhas por lá. Loja sem nenhum cuidado com circulação de ar, por certo para atrair os clientes turistas pelo cheiro das castanhas potiguares (eu sou fã de castanhas!). Sim... inclusive presenciei sua mudança de endereço recentemente: saiu de uma rua super quente e ensolarada da badalada praia bairro de Ponta Negra para, 300 metros adiante, um píer turístico ainda em construção, também quente e sem refrigeração.

Bem, seria um sonho que os vinhos disponíveis desta loja pudessem ter sua devida acolhida numa adega própria etc. Porém, certos estão os donos. É uma loja de vender castanhas. Os vinhos estão ali para... um dia vou descobrir! E olha que há bons exemplares, talvez raridades.
Raridades como a que julguei encontrar. Tanto que dispensei a internet na compra deste Cabernet Franc. Comprei no dia 30 de julho, dois dias para a postagem do dia 01 de agosto, a postagem mensal da CBE.

Assim, antes de criarmos coragem em ler a ficha de degustação abaixo, faço um apanhado geral de como e em que estado estava as garrafinhas de 375ml, safra ano 2000, da Casa Valduga:

1. Loja nova, abafada e quente, com intensos cheiros de verniz misturado com o habitual cheiro de castanhas caipiras, castanhas doces, amanteigadas, fritadas, com gergelim, etc;

2. Garrafinhas na horizontal, porém, em estante aberta e ao lado da chapa fogão de torra das castanhas;

3. Conversando com um dos donos descobri que na mudança recente da loja os vinhos foram transportados em camionete pau de arara, ou seja, ao léu e ao sol generoso de Natal;

4. A rolha, assim como o estado geral da garrafinha, estava em boas condições... era um sinal de esperança! Será?!

Vamos ao vinho!
CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE
Produtor: Casa Valduga, RS – Brasil
12,5% teor alcoólico; -R$ 15,00 R$- (375ml)
Prova: 30 e 31/07/2010 em Natal/RN

COPO/COR: Tijolo, telha e barro em matizes e cores predominantes. Água barrenta. Um leve traço tonalidade de uva passa preta. Algumas lágrimas discretas, perdidas. Formação de cristais e de uma espécie de areia liquida na garrafa, na taça e no decanter. Uma década de impregnação vinica?

AROMAS: Café bem torrado (tostados quase horripilantes). Ares terrosos, barrento. Uvas passas. Talvez passas torradas. Presença também de um cheiro de chapa de frigideira incrustada de pão queimado. Vinagre. Balsâmico forte, enjoado.

Intermezzo: Por favor, não pensem que a loja referida é um pandemônio comercial. Alias, muito longe disso. É uma loja referência em castanhas de caju, souvenires nordestinos, muitas cachaças e ... vinhos. Vinhos? Nossa, êita mundão cheio de histórias!

BOCA: Um mistério. Estaria apto a ser degustado? Estaria “bebível” este Cabernet Franc brasileiro?

PÓS-BOCA: Persistência praticamente nula ante o golinho (foi um golinho medroso mesmo!) em boca. Exceção para o forte aroma de tostados terrosos permeando a boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Até agora e acredito que por um bom tempo estarei escavacando as minhas impressões ante o beliscar que foi a minha degustação em boca, em olhar, em tudo, deste Cabernet Franc adquirido numa loja turística nordestina. Frustração? Experiência ou experimentação? Afinal, comprar um vinho que dá todos os indicativos de que foi maltratado é uma atitude boba ou uma atitude de investimento para “conhecimentos enológicos”? E ainda assim: Será que valeu a pena? Será que vale este tal “investimento”? Ao menos tenho uma resposta título pra tudo isso: Um Cabernet Franc que virou história – parte única.

Em tempo: Este vinho não fez mal à saúde deste editor. Até então!!! rs

terça-feira, 27 de julho de 2010

SERRADAYRES RESERVA 2008 - Portugal


SERRADAYRES RESERVA 2008
RIBATEJO DOC PORTUGAL
Castas: Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira
Produtor: Caves Velhas – Enoport
13,5% teor alcoólico, - R$ ?...? R$ -
Prova: 22 e 23.06.2010

INTRÓITO: Alguns degustações só acontecem quando ocorrem predisposições particulares sui generis. O Atlan Vitis é extremamente grato e agraciado pela presença saudável e constante de um casal de enófilos que proporcionam momentos especiais e particulares como o da degustação deste vinho. De retorno do Velho Mundo, os confrades amigos, um casal de fisioterapeutas, trouxeram algumas garrafas. E que garrafas! Aliás, que vinhos! Aliás... nada de elogiar agora garrafas e seus líquidos, mas sim, de agradecer publicamente a estes confrades do “Mirante” pelo oportunidade possibilidade de brindarmos taças. De brindarmos à saúde nossa, dos nossos, do planeta e até do que não conseguimos “ver”, como a criação inusitada e ainda não detalhada desta Confraria Lúdica de Enófilos do Mirante da Barreira do Inferno.
Observação: este “lúdico” e seus inúmeros significados remete também e principalmente à presença dos nossos filhos, sempre na boa algazarra, enquanto “tentamos” avançar nas nossas degustações conversações.

COPO/COR: Granada intenso. Lentas lágrimas. Límpido visual das uvas num convidativo vinho. Mui bem apresentado em taça. Impossível recusá-lo e não tê-lo em boca e ainda não ter a oportunidade de explorar quais aromas saem de sua cor. Uma jovem reserva cor convidativa.

AROMAS: Frutos vermelhos apresentados em compotas. Muita uva. Uva boa. Boníssimas uvas. Toques de carvalho e/ou tostados bem dispostos e bem distribuídos na paleta de aromas. Finesse.

Intermezzo: Com paciência e com uma boa memória de quem já esteve em bosques talvez seja possível perceber no tutti aromático algo que lembre o miolo de uma floresta e seus cheiros de folhas, terra, bichos, bichinhos, trilhas e outras infinitas nuances de mata. Cheiros aquém Atlânticos?!

BOCA: Equilibradíssimo, saboroso e deveras elegante. O corpo das uvas em avantajada presença.

PÓS-BOCA: Com um certo exagero saudável para um vinho merecedor, eis uma frase resumo, fruto inspiração advinda deste bom vinho português: “Um vinho de persistência que extrapola os sentidos e finca-se nos meandros do bem querer de nossa mais cativa memória.”

Impressão Atlan Vitis: Fantástico e muito especial. Da cor e suas lágrimas na taça, passando pelo requinte aromático até chegarmos a um vinho pleno na boca, simplesmente deparamos com um magnífico liquido. Vinho que no quesito conjunto da obra arrebenta. Merece repeteco sempre. Arrebatador.

Em tempo: Foram produzidas 250.000 garrafas. E para chegar a este número as uvas foram colhidas na Quinta S. J. Batista tendo o acompanhamento e responsabilidade geral do enólogo Osvaldo Amado que, no processo de vinificação adotou os seguintes passos: Desengace total, maceração pelicular prolongada, fermentação alcoólica a 28º e por fim um estágio de 9 meses em barricas de carvalho francês.

PPN: 86...92

sábado, 24 de julho de 2010

12º Vinho: LES BATEAUX SYRAH 2008 - FRANÇA



Produtor: Jacques et François Lurton, Domaine de Poumeyrade
100% Syrah.
13% teor alcoólico, -R$ 40...50 R$-
Prova: 13.05.2010 – Degustado na Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Este foi o vinho que fez par com o prato principal da noite (Filé ao Molho de Foie Gras com Cogumelos e Gratin de Batata) de encerramento do curso “O vinho em 4 momentos”, promovido pela Magazino, Natal/RN. O Atlan Vitis teria muito mais para comentar sobre este Lês Bateaux e seus produtores, o que daria outra postagem a posterior, porém, para esse momento de resgate de antigas anotações da caderneta de provas, optei por repassar ao blog este vinho com uma síntese extraída. Assim, sem maiores aprofundamentos culturais, históricos e convenientes que cercam este vinho francês, apresento o que me foi dado poder presenciar quando o provei.

COPO/COR: Não é chorão na taça. Tem lágrimas modestas e ainda assim não é chorão. E se fosse um chorão, carregaria sua cor de rubi. Um rubi de vinho. Existe rubi-bonina? Um rubi-bonina choroso?

AROMAS: Frutados. Notas de especiarias. Frutados vermelhos não compotados.

Intermezzo: Este vinho possui a demarcação mais simples dada pelas instituições francesas. No caso especifico deste Lês Bateaux, dos irmãos Lurton, é um vinho que presume-se ter qualidade com um preço reduzido, acessível. Um Vin de Pays de d’Oc.

BOCA: Com um leve picante típico da uva Syrah este vinho mostrou-se saboroso e fresco na boca. Bom corpo.

PÓS-BOCA: Persistência em curta cadência para um prelúdio a permanecer na boca em implorante repetição do liquido em boca. É como se a boca, após gole, dissesse “mais uma prova, por favor!” Mas vejam só: não é a persistência que é insistente. É o gosto em boca ou com o liquido em boca que este vinho deixa-nos uma boa memória e então, com essa boa lembrança, ocorrem sinapses em átimos incomensuráveis para ter o vinho em presença às nossas percepções.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Foi excelente. Mas o vinho não o foi. Foi bom ou muito bom no aspecto “prova do vinho”. Talvez o jantar tenha proporcionado a excelência do momento e então... o vinho surfou a crista desta onda momento de excelência. De lembrança como forte impressão vêm-me à tona o quão agradável foi em boca e pós-boca. Não me lembro como foi a harmonização. Paciência. Parece até que o Lês Bateaux deixou o Atlan Vitis mareado em boca com conseqüências pós-boca. Deve de ser... só pode ser... hum... será? Bem que eu deveria ter escrito estas impressões no mesmo dia da prova! Agora são as minhas memórias que navegam em um nada sem fim.
Em tempo: Terra à vista! Este vinho, conforme pude constatar na web, recebeu do Robert Parker um 86, um 87 com “Best buy” da Wine Spectator, 3 estrelas da Revista Prazeres da Mesa e 4 pontos da Veja Vinhos. E agora recebe um PPN Atlan Vitis que abarca dos 81 pontos até possivelmente 88. Será? Já está sendo...

Detalhe: Um rótulo que merece ser apreciado (por dentro e por fora) para ninguém ficar mareado.

PPN: 81...88;

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DONA MATILDE 2007 DOURO DOC - Portugal


Produtor: Quinta Dona Matilde, Régua, Portugal
Castas: Vinhas velhas com variedades tradicionais da região demarcada do Douro
13,5% teor alcoólico; - R$ 20...40 R$ - ($7,40 Euros)
Prova: 19.06.2010 – Confraria Lúdico Vínica do Mirante da Barreira do Inferno

INTRÓITO: Um vinho que possivelmente não tem representantes comerciais nem tampouco importadores aqui no Brasil. Assim, para degustar um desses, somente trazendo via bagagem mesmo ou outros caminhos. Mas, graças à um casal de amigos enófilos da Confraria acima citada, o Atlan Vitis pode conhecer mais um honesto e misterioso vinho de Portugal, como normalmente assim o são. E nada de ruim não. Longe disso. Um vinho que merece outra atravessia oceânica para ser brindado em ambiente familiar sempre. Se bem que... há outros vinhos a nos surpreender que os próprios fisioterapeutas enófilos já puderam nos apresentar, o que ficará para uma postagem em breve. Enquanto isso, vamos ao vinho de combate da Quinta Dona Matilde, mas não sem antes agradecer de público pelo brinde e pela oportunidade: Valeu enófilos do mirante 1402, muita saúde!!!

COPO/COR: Rubi Violeta super fechado.

AROMAS: Balsâmico, floral e com evidentes frutas vínicas. Porém, tudo isso de forma muito tímida, como se estivesse a esconder o jogo. Ou não!

INTERMEZZO: Para a sua “existência” os produtores adotaram alguns cuidados que foram desde a apanha das uvas em caixas de 25kg, criteriosa seleção dos cachos na entrada e até pisa a pé de parte do lote deste vinho. Aconteceram, certamente, outros detalhes e pormenores, porém, convém citar, este Dona Matilde também estagiou 9 meses em cubas outros 3 em garrafa.

BOCA: O terroir do Douro bem presente. É gostoso quase guloso. Potente. Boa carga tânica. Talvez o que encontramos em boca seja uma herança dos cuidados e do processo na elaboração deste.

PÓS-BOCA: Boa persistência com continua sensação dos taninos das uvas a integrar-se e espalhar-se na boca. Vibrante e potente. Feito um monte de chumbinhos a explodir no chão e arrancando gargalhadas mil das crianças.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Concordo com comentários colhidos na web em que dizem ser este um vinho enigmático. Mas, por que enigmático? Seria pela presença austera dos taninos em seu corpo? Seria pelo jogo de esconde esconde dos aromas? Ou, curtindo e sem medo de ser feliz com este vinho, seria a possibilidade deste vinho permanecer ainda em guarda? E levemos em conta, para possíveis resposta, que este é o vinho de “combate” da produtora. Ou seja: um vinho para o mercado do agora. Bom... mas isso não diz muito e não impede que muitos o possam tê-lo em guarda. Do blog: um vinho benquisto e que certamente será agradável a muitos, independente do que enigmático poderemos perceber. Vivas ao casal amigo que possibilitou a degustação deste. Bravo.

Em tempo: acesse Dona Matilde e “puxe” a ficha técnica deste e de outros, como assim o fiz e então pude colher algumas das informações aqui escritas.


PPN: 81...88

quinta-feira, 8 de julho de 2010

QUINTA DA NEVE CHARDONNAY 2008 – BRASIL


Produtor: Villa Francione Agronegócio S/A para Quinta da Neve Vinhos Finos
São Joaquim, Santa Catarina; Brasil.
13% teor alcoólico, -R$ 35...55 R$-
Prova: 23.05.2010

INTRÓITO: Untuoso ma non tropo! Após ler e rever diversos anúncios da ACAVITIS (Associação Catarinense de Vinhos Finos de Altitude) nas revistas especializadas em vinhos do Brasil e com uma certa curiosidade me rondando de há muito tempo, eis que finalmente está provado e aprovado um vinho fino de Santa Catarina, especificamente de São Joaquim. Um vinho fino de altitude. Que possamos subir até os píncaros deste e compreendê-lo! Vamos ao vinho...

COPO/COR: Fulgurantes tons de dourado claro; palha cristalina e brilhante. Sem expressividade de lágrimas na taça. Halo e olho que parecem nos comunicar potencialidades de guarda moderada.

AROMAS: Cítrico com tendências nítidas para a lima, limão e talvez laranjas verdes. Notas rápidas de Maça Verde.

INTERMEZZO: No site da QUINTA DA NEVE tem a ficha técnica deste e de outros. Vale ir!

BOCA: Boa acidez. Equilíbrio e uma feliz constatação dos aromas em boca. Será que teria um certo gosto “amanteigado”? Manteiga ou queijo de manteiga? Consistência de manteiga? Untuoso. Quase untuoso. Untuoso Ma non tropo.

PÓS-BOCA: Média persistência com excelente sensação pós-gole. Às vezes intrigante.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Excelente impressão para este branco. Impressão esta tão boa que, apesar de não ter dado um PPN com uma margem de altitudes elevadas, certamente procurarei provar outros desta região, como os tintos e até um Pinot Noir de lá que dizem ser muito bom. No mais, fiquei com vontade de repetir a prova deste; em especial para tirar a limpo essa tal de untuosidade em par com a boa acidez apresentada.

Em tempo: O Atlan Vitis arriscou na seguinte harmonização: Um filé de tilápias com molho de alcaparras e alho poro – Peixe à “Alcaporós”! Bem acompanhado de Arroz de Astronauta mais folhas de alface americano “Pedra de Fogo”. Vivas mais uma vez para a Chef Nanda.

PPN: 84...89

quarta-feira, 7 de julho de 2010

LA LINDA TORRONTÉS 2008 – ARGENTINA


Bodega Luigi Bosca, família Arizu;
14% teor alcoólico, -R$ 30...50 R$-
Prova: 07.05.2010

INTRÓITO: Em pleno outono folhas e folhas a cair. Em pleno outono aromas se desprendem de uma casta que não quer ser apenas mais uma casta. Torrontés argentino em pleno outono a propagar brisas florais. Talvez a desprender sentimentos outros através dos caminhos de uma vida vínica. Uma Argentina a eclodir-se em pleno nordeste brasileiro. Brasil e Argentina juntos, a esquecer que em breve serão só futebol. É pêssego!
Obs.: Este texto do intróito foi escrito no mês de maio. Portanto, bem antes da partida inicial da Copa do Mundo de 2010. Para Brasil e Argentina resta apenas observar o desempenho da Holanda, do Uruguai, da Alemanha e da Espanha nas semifinais e na finalíssima.

COPO/COR: Amarelo palha translúcido. Formação de uma cortina vínica na parede da taça (bem, acho que quis dizer: “boas lágrimas de um bom vinho”). Bom? Bota bom nisso!!!

AROMAS: Suave madeira a iniciar como grande anfitriã ante a chegada gradual de outros aromas. Presença floral nítida e impressionante. Que flora é esta? Pêssegos? Mordida de maçã a invadir os dentes? Que amazônica flora é esta?

INTERMEZZO: Tá de saco cheio de ler este blog?! Acesse a “Roda dos aromas” da Luigi Bosca. É divertido e instrutivo. Bem... o editor do Atlan Vitis brincou pouco, foi escrever esta postagem.

BOCA: Instigado e delicado. Demonstra equilíbrio e aguda sapiência típica dos bons brancos. Não maciez. Há delicatesse. Firme delicatesse. Excelente acidez em equilíbrio.

PÓS-BOCA: Média persistência e continua insistência de bem querer, sendo benquisto em boca e pós-boca. Zero vírgula alguma coisa de adstringência.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Talvez um álcool querendo ser enjoativo e nada mais. Pois, de resto, é tudo o que está aqui nesta postagem, nesta ficha Atlan Vitis relatado. Um vinho gastronômico pelo que apresenta em aroma, boca e pós-boca. Na Instância Atlan Vitis, no setor de adegas flutuantes, já está reservado umas dezenas deste La Linda Torrontés.

Em tempo: Encontrei uma certeira e fiel constatação no contra-rótulo: “Excelente equilíbrio entre frutas e flores”.

PPN: 87...92

quinta-feira, 1 de julho de 2010

GLEN CARLOU TORTOISE HILL WHITE 2007 – AFRICA DO SUL #cbe

Africa do Sul
Produtor: Glen Carlou, região de Paarl Valley
Sauvignon Blanc, Viogner e Chardonnay
13% teor alcoólico, -R$ 30...50 R$-
Prova: 25 de junho de 2010

44º Vinho para a CBE

INTRÓITO: A escolha deste mês da Confraria Brasileira de Enoblogs - do Luis Sérgio VitisVinifera - foi para o vinho da copa casta Sauvignon Blanc. Na ausência impossibilidade do Atlan Vitis em tê-lo partimos para um outro. E foi como intróito para o jogo Brasil x Portugal em partida válida pela terceira rodada do grupo G neste mundial na África do Sul.

COPO/COR: Límpido, brilhante e com lágrimas a gingar sem pedaladas na arena da taça. Cor esverdeada bem clara.

AROMAS: Cítrico moderado com cara de que era um cítrico exuberante quando no ano de seu lançamento. Toques florais e minerais já difíceis de captação.

INTERMEZZO: A distribuição das castas com a Sauvignon Blanc como base segue a seguinte percentagem: S.Blanc (77%), Viogner (12,7%) e uns 3% de Chardonnay;

BOCA: Excelente frescor e com boa personalidade ante o seu equilíbrio. Corresponde ao cítrico aromático enfatizando ainda mais sua discreta acidez.

PÓS-BOCA: Excelente lembrança aromática mesmo sem ter potência.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Boa lembrança. Bem melhor do que o zero a zero do jogo Brasil x Portugal pela Copa do Mundo de Futebol 2010 na África do Sul. Só gostaria de prová-lo numa edição mais recente. Melhor: provar um deste recém lançado, direto da vinícola. Recém posto ao mundo.

Em tempo: Este vinho entrou em promoção nas lojas Grand Cru.

PPN: 84...89

quarta-feira, 30 de junho de 2010

CASA PERINI MERLOT 2008 - BRASIL

Produtor: Casa Perini, Vale Trentino, Farroupilha/RS, Brasil
12% teor alcoólico, -R$ 15...20 R$-
Prova: 16 e 17 de maio de 2010.

INTRÓITO: O Mirante 1101 do Parque do Itatiaia no Município de Parnamirim, fronteira confusa com Natal/RN, foi palco mais uma vez para a prova de um vinho Tupiniquim. Desta vez um vinho fácil de encontrar nos supermercados da Grande Natal. Um vinho que, pelo rótulo e marketing do olhar, oferece-nos informações que aguçam a vontade de experimentá-lo, mesmo se tratando de um vinho nacional sem maiores repercussões. Eis o que foi anotado após dois dias de prova:

COPO/COR: Vermelho tinto jovem. Uma bonita cor.

AROMAS: No contra-rótulo encontraremos a afirmação deste vinho possuir lembranças de: especiarias, frutas maduras e algumas notas de café e baunilha. No primeiro dia, o Atlan Vitis só foi atiçado pela lembrança clara de claras de ovos (por certo por causa de algum processo de clarificação do vinho!). Em algum momento foi perceptível frutas vermelhas maduras... frutinhas. Já no dia seguinte, com o mesmo vinho, só que com a temperatura bem mais baixa, teve a ocorrência de um leve carvalho e talvez alguma fruta verde intromissora nos aromas. Seria alguma uva verde/branca sem querer?! Kiwi? Especiarias ao álcool.

INTERMEZZO: Nos supermercados encontramos uma promoção: dois deste Perini mais um abridor propaganda da vinicola e um corta gotas. Gostei do corta gotas.

BOCA: Gostoso, gostosinho. Mostrou-se até equilibrado ou com certo equilíbrio demasiado que gera-nos um anti-equilibrio. Desconfiança mesmo. Ainda assim mostrou-se moderado em taninos em ambos os dias de prova.

PÓS-BOCA: Mediana persistência. Mas confesso que no primeiro dia cheguei a pensar interrogativamente: “Existe pós-boca, retrogosto, neste Merlot 2008?”

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: No primeiro dia poderia ter sido um desastre se o vinho estivesse desequilibrado e inundado com as claras de ovos. Passou... e o jantar maravilhoso da Chef Nanda cobriu os defeitos de um vinho inadequado para a ocasião. Já no segundo dia senti que a madeira cobriu a Merlot farroupilhana esperada e nada mais. Por favor, ao provarem este vinho – e recomendo, apesar das claras evidências de não ser um vinhaço – não se esqueçam de servi-lo um pouco abaixo da temperatura recomendada. Fiquei com a impressão de que ele se comporta melhor na casa dos 15 graus Celsius. Será?! Agora é com vocês...

Em tempo: Experimentei também, semanas depois, o Cabernet Sauvignon desta mesma linha da Casa Perini. Infelizmente (ou não!) nada registrei em minha caderneta de provas. Ao menos não me lembro das claras. Gostaria de provar outras safras, acima de 2008.

PPN: 72...77

terça-feira, 29 de junho de 2010

ARGENTO VINTAGE 2007 MERLOT, Argentina



ARGENTO VINTAGE 2007 MERLOT, Argentina
Produtor: Bodegas Esmeralda, Junin, Mendonza, Argentina
13% teor alcoólico, -R$ 10...20 R$-
Prova: 01.06.2010

INTRÓITO: Vou logo dizendo duas coisas: Primeiro que é um bom vinho e recomendo para o dia a dia. E a segunda coisa é: não se espantem com supracitada Uva Isabel nesta postagem. É vero e está registrado.

COPO/COR: Vermelho próximo do vermelho escuro com característica de vermelho envelhecido. Não tão envelhecido, conforme se constata no halo em seu desenho degrade suave e bem delineado.

AROMAS: De uva Isabel. É vero! Mesmo na temperatura certa o álcool tenta incomodar. Incomodo mesmo só na primeira taça, depois muita fruta vermelha e... uva Isabel, de novo! Leve madeira. Uva Red Globe também. Poucos aromas. Muito cheiro de Uva Isabel. Uvas maduras demais. Uva Isabel.

INTERMEZZO: O Atlan Vitis já provou um excelente branco da Argento, espia só ;

BOCA: Boa presença de taninos mesmo com a evidência transbordante de uva vitis lambrusca americana brasileira Isabel. E que ótimo! Não tem grandes e ininterruptas lembranças aromáticas em boca desta tal de uva Isabel.

PÓS-BOCA: Discreto e sem uma linha de tempo definida.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Qual outra impressão poderia ter a não ser a de guardar na memória e nos sentidos do agora da prova esta tal de uva Isabel? A de que é também um bom vinho? Sim. E está dito.

Em tempo: Ah! Espetacular!!! Foi harmonizado num jantar de Rondelle de tomate seco com queijo parmesão e molho tarantela. Sob a batuta da Chef Nanda em acompanhamento orquestral dos filhos filhotes. Espetacular!!!

PPN: 78...87

segunda-feira, 28 de junho de 2010

PANORAMAS DE VINHOS NO MUNDO - JULHO DE 2010 - NATAL/RN



Terminada a Copa 2010 no dia 11 de julho, imediatamente Natal, capital do RN, será sede de uma grande confraternização planetária: O Curso Panorama de Vinhos no Mundo.

Vejamos mais detalhes:

O Curso Panorama de Vinhos no Mundo, que terá Dr. Júlio Anselmo como palestrante, será dividido em três módulos.

No primeiro deles serão abordados vinhos brancos e tintos da Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul;

No segundo módulo, os vinhos abordados serão brancos e tintos da França, Portugal, Espanha e Itália;

No terceiro módulo serão comentados cavas, espumantes, champagnes, além de vinhos de sobremesa e vinho do Porto.

Os vinhos que serão utilizados no Curso, serão das Importadoras Gran Cru, Decanter, Garrafeira Lusa e Cava de Vinhos.
Acredito que ainda há vagas. Poucas. Mas que tem, tem.

11º Vinho: VIU MANENT MALBEC ROSÉ 2008, CHILE


Vinho da Viu Manent Estate Collection Malbec Rosé
Produtor: Viu Manent, Valle Colchagua, Chile
13,5% teor alcoólico, -R$ 45...55 R$-
Prova: 13.05.2010 – Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: A força deste rosé foi posta à prova numa harmonização quente. Espetacular combinação que não resultou num combinado casado perfeito. Espetacular combinação segundo os princípios do contraste. Analisemos...

COPO/COR: Um rosé lembrando dindin de groselha. De repente alguém citou: lembrança de Sanarina. Sanarina, enxaguante bucal? Sério? Existiu isso? Ainda bem que era apenas a referencia para a cor. Anotei e agora repasso para esta postagem, mas... deveria?! Estranho... sou mais lembrar de um rosé rosto de neném corado a rir de um aparente nada adulto...

AROMAS: Mousse de maracujá, confitado de frutas vermelhas, doce de goiaba e até de cocada de maracujá.

INTERMEZZO: Como era um jantar mais de confraternização para o fim do curso do que com preocupações precisas para as harmonizações sugeridas, o humor foi a tônica do desbravar deste vinho. Ainda assim, o Atlan Vitis concentrou-se e realmente captou muito do que aqui está descrito.

BOCA: Equilibrado e refrescante. Leve e com agradáveis pontadas dos taninos ou do que de sutil apresentou este rosé.

PÓS-BOCA: Boa persistência em concomitância com uma bela estrutura.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Duas grande impressões. A primeira a qualidade deste Rosé ante o preço. Vale a pena tê-lo. Vale mesmo. E em segundo, o inusitado contraste que favoreceu a uma experiência única. Tai um contraste que dá certo. Romário e Bebeto na Copa de 1994, o baixinho marrento e o esguio e ágil – não tão alto – descontraído baiano brasileiro. E quem sabe, Luis Fabiano e Robinho – um pivô e um serelepe moleque a pedalar em 2010 rumo ao Hexa. Pontas de contrastes para um bem comum. Tal qual este vinho com o que foi harmonizado no “Segundo Prato” do Jantar de Harmonização do Curso “O Vinho em 4 Momentos”.

Em tempo: Foi harmonizado – ou insinuado – com um excelente “Consomé de Tomates Frescos” com crocantes torradinhas preparadas com provolone. Tudo muito bom.

PPN: 80...88

quinta-feira, 24 de junho de 2010

10º Vinho: CEPAS NOBLES SAUVIGNON BLANC 2009 - URUGUAI



10º Vinho: CEPAS NOBLES SAUVIGNON BLANC 2009 - URUGUAI
Produtor: Juan Carrau – Cerro Chapéu – Uruguay
13,5% teor alcoólico, - R$ 35...45 R$ -
Prova: 13.05.2010 – Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um feliz vinho branco para a abertura da noite final do curso. Apresentou-se lado a lado com uma “Entrada” em digna boa harmonização. Um vinho que faz jus ao seu nome “Cepas Nobles”, sendo também uma nobre escolha para momentos à capela ou em refeições como a servida neste curso.

COPO/COR: Jovem amarelo claríssimo, límpido e brilhante. Jovem.

AROMAS: Cítricos potentes. Teria abacaxi? Suco de laranja? Abacaxi bem maduro certamente.

INTERMEZZO: Foi harmonizado com uma “Entrada” sutil e de um verde muito vivo: Salada de Folhas com Queijo de Cabra.

BOCA: Acidez equilibrada, lembrança de vinho verde – segundo o enófilo Marcelo Chianca. Algo herbáceo bem discreto.

PÓS-BOCA: Conquistador e de agradável persistência. Implora por repetir a experiência de mantê-lo em boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Boas lembranças. O Atlan Vitis virou fã deste. Combina muito bem com o clima daqui de Natal, nordeste do Brasil. Como é muito bom, talvez combine com qualquer clima mundão afora. Comparando com o outro uruguaio da primeira noite deste curso – espia só – este 2009 tem uma potência a mais que encanta até aos desencantados com vinhos brancos. É merecedor do PPN posto abaixo. A quem já o provou, o que acham, concordam?

Em tempo: Segundo informações do contra-rótulo, os cuidados para manter a qualidade aromática foram rigorosos. Casta manuseada, ou melhor, minimamente manipulada para evitar a oxidação de seus aromas típicos.

PPN: 85...90

quarta-feira, 23 de junho de 2010

9º Vinho: ESPUMANTE ADOLFO LONA BRUT BRANCO, BRASIL

9º Vinho: ESPUMANTE ADOLFO LONA BRUT BRANCO, BRASIL
Castas: Chardonnay e Pinot Noir
Produtor: Adolfo Lona, Serra Gaúcha, RS - Brasil
12,2% teor alcoólico; - R$ 20...40 R$ - Não safrado!
Prova: 12.05.2010 – Loja Magazino

INTRÓITO: Espumante que fechou a noite do terceiro dia do curso “O vinho em 4 Momentos”. Este Adolfo Lona remete o Atlan Vitis ao Verão de 2010, mês de janeiro. Não por sua referência típica às cervejas em par com o calor nordestino. Mas sim, em especial, pelas citações e boas recomendações de familiares brasilienses que por aqui estiveram. Parentes estes que apreciam um bom Adolfo Lona. Vejamos o que “cervejamos” deste espumante:

COPO/COR: Cor límpida com belos reflexos oriundos de uma possível mistura dourado com esverdeado. Diria até como se fosse uma mistura de cerveja bem clarinha com um vinho branco riesling. Perlage espevitada e constante;

AROMAS: Mais frutado em relação aos demais espumantes desta noite, reveja em: Espumante 1 e Espumante 2 ... Sim, um aroma muito conhecido próximo da cerveja. Cerveja? Brasil? Claro! Leveduras...

INTERMEZZO: maiores detalhes vide site do ADOLFO LONA .

BOCA: Acima de tudo é muito bom apreciar. E encontrei resquícios claros dos aromas citados com um pouco de melado querendo ser o atrevido na boca.

PÓS-BOCA: Boa persistência. Boa insistência. Boa renitência. Boa Cerveja insistente, renitente e persistente.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Obviamente, nesta postagem, estive a brincar com o texto. Contudo, faço aqui uma ressalva clássica: por trás de toda brincadeira persiste “pitadas” de verdade. Assim, insisto no registro das cervejas citadas sem cair na banalidade. Anotei e anotaria de novo caso capte estas impressões.

Em tempo: Apesar do registro acima no “Impressões...” esperava mais deste espumante Adolfo Lona. Será que terei outra oportunidade de encontrá-lo? Se sim, acredito que terei outras lembranças que não sejam somente “cervejas”. Assim espero!

PPN: 78...87

terça-feira, 22 de junho de 2010

8º Vinho: ESPUMANTE PAUL BUR BRUT BLANC DE BLANCS, FRANÇA – não safrado.

ESPUMANTE PAUL BUR BRUT BLANC DE BLANCS,
Produtor: Societé Remoise dês Vins - SOREVI, Merignac, França
Corte: uvas brancas variadas tendo a Chardonnay como principal;
11% teor alcoólico; - R$ 55...65 R$ - Prova: 12.05.2010
8º Vinho: Noite dos Espumantes, Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um espumante não safrado e com incógnitas castas. Certamente a Chardonnay está presente valendo-se como base para este espumante campeão da noite em que desbancou outros dois: um Brasileiro e outro francês do mesmo produtor. Vejamos o que o Atlan Vitis, ainda muito incipiente no território dos espumantes, anotou:

COPO/COR: Límpido com um amarelo pastel claríssimo puxando tons esverdeados.

AROMAS: frutas cítricas, tostados – chips de barrica;

INTERMEZZO: em pesquisas pela web já encontramos algumas postagens sobre este Paul Bur. Veja em: VINHOS DE CORTE ; BELO VINHO e ZAHIL

BOCA: Confortabilíssimo e apetitoso.

PÓS-BOCA: Média persistência com uma elegância fortuita;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Achei delicioso e não hesitarei em prová-lo outras vezes. Acredito que é um excelente espumante. E com este meu acreditar já projeto o quão magnífico deverá ser outros melhores do que este. Parabéns a este Paul Bur!!!

Em tempo: Encontrei referências às outras castas brancas deste espumante, ei-las: Folle Blanche e Chenin Blanc. Será?!

PPN: 82...88

domingo, 20 de junho de 2010

PANORAMAS DE VINHOS NO MUNDO EM NATAL RN



O Curso Panorama de Vinhos no Mundo, que terá Dr. Júlio Anselmo como palestrante, será dividido em três módulos. No primeiro deles serão abordados vinhos brancos e tintos da Argentina, Chile, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. No segundo módulo, os vinhos abordados serão brancos e tintos da França, Portugal, Espanha e Itália. No terceiro módulo serão comentados cavas, espumantes, champagnes, além de vinhos de sobremesa e vinho do Porto. Os vinhos que serão utilizados no Curso, serão das Importadoras Gran Cru, Decanter, Garrafeira Lusa e Cava de Vinhos.
O ATLAN VITIS já garantiu sua participação. Aguardemos as novidades...

terça-feira, 15 de junho de 2010

REMHOOGTE 2006 – AFRICA DO SUL #cbe


“Tem Vinhos que se transformam, evoluem. E este é um deles. Mas, se transformam como? Num decanter? Em taça? Em boca? Experimentá-lo é imprescindível. Tê-lo em boca será o óbvio para entendê-lo como um Boustred-Rolland transformado. O que isso quer dizer? Só degustando...”

REMHOOGTE 2006 – AFRICA DO SUL #cbe
Produtor: Remhoogte Estate Wine, Hakuna Matata
Simonsberg – Stellenbosch, South África
40% Merlot, 23% Cabernet Sauvignon, 22% Syrah e 15% Pinotage
15% teor alcoólico, - R$ 60...80 R$ - Gran Cru Natal RN
Prova: 13 e 14 de junho de 2010

INTRÓITO: Vinho para a Confraria Brasileira de Enoblogs (CBE), em sua 43º escolha, numa edição extra ou especial – como queiram. Tema: Um vinho da África do Sul fazendo jus à Copa em sua plena efervescência. Com postagens programadas para o mesmo dia da estréia da Seleção Brasileira nesta competição.

COPO/COR: Numa vista aérea temos uma panorâmica de um vermelho rubi escuro, bem fechado. Já numa contemplação da taça inclinada este mesmo vermelho rubi mostra-se vibrante e cativante, enquanto algumas gotas lacrimais bailam baladas lentas ao derredor da taça em par com esta cativante cor vínica.

AROMAS: Ao abrir, uma explosão de carvalho. Depois, muito álcool. Rico álcool. Aromas etílico próprio para frio e... Após primeiro descanso em taça alguns vestígios de frutas vermelhas suculentas. Já após 2 taças servidas e com a garrafa com um bom tempo de descanso, percebemos um acorde suspenso aromático advindo das boas uvas deste blend. Contudo, infelizmente a expectativa pela chegança de uma gama maior de aromas não se confirmou. Paciência ante uma coisa que já estava formidável. Mas, afora o álcool inicial, paciência!

INTERMEZZO: Talvez faltou o frio e o inverno que estão a preencher os estádios na Copa para fazer despertar recônditas gamas aromáticas.

BOCA: Potente e com uma elegância apesar desta força alcoólica. Num frio cai bem demais. Taninos enigmáticos. Cada taça uma história. Em todas, fome de gol... digo: com deixas para outras repetições.

PÓS-BOCA: Os taninos já não ficam comportados e passam a idéia de eletricidade sem danos. Taninos elétricos com duradoura persistência. Semi-guloso. Ritornelo para um acorde de frutas vermelhas suculentas.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Não se deixem enganar pelos devaneios deste editor do Atlan Vitis. É, de fato, um vinho muito bom. Talvez excelente. Quem gosta de vinhos potentes em boca, mui bem conduzidos pelo álcool e sem desequilíbrio, este Remhootge não desaponta. Porém, não é um vinho para ser degustado às presas. Nem com medo de decepções. Não há nenhuma coisa nem outra para este vinho sul-africano. Há apenas uma coisa que tentarei vos transmitir: é um vinho que pode se transformar. Ou vira fera sul-africana ou vira uma Jabulani – a espetacular e imprevisível bola do Mundial de 2010.

Em tempo: Se o Atlan Vitis estivesse atualmente munido de uma adega propicia para grandes guardas, investiria num Remhoogte 2006 para além da copa de 2014. Talvez ainda esteja potente para as olimpíadas de 2016.

PPN: 87...92

quinta-feira, 10 de junho de 2010

7º Vinho: ESPUMANTE PALAIS DE VERSAILES – FRANÇA



ESPUMANTE PALAIS DE VERSAILES – FRANÇA
BLANC DE BLANCS, BRUT, VINHO ESPUMANTE BRANCO
Produtor: Societé Remoise dês Vins - SOREVI, Merignac, França
Castas: Chardonnay e Pinot Noir;
7º Vinho: Noite dos Espumantes, Loja Magazino , Natal/RN
11% teor alcoólico; - R$ 30...40 R$ - Prova: 12.05.2010

INTRÓITO: Este foi o primeiro espumante servido na noite dedicada à dança sempre “pra cima” das bolinhas efervescentes dos espumantes. O enófilo Marcelo Chianca conduziu com enorme descontração sua palestra, finalizando com bom humor e fazendo jus à celebração de mais uma turma de neófitos enófilos potiguares em sua reta final de curso: O vinho em 4 momentos. Vamos à dança clássica e de vanguarda do corpo de baile da pérlage deste primeiro espumante...

COPO/COR: Límpido, com tons amarelados. O espumante com sua exuberância em taça com tons mais fechados e escuros em relação aos demais;

AROMAS: Afora os aromas florais e de frutas típicos para a carga da casta Chardonnay, presenciamos algumas sinalizações aromáticas interessantes, tais como: tostados, chocolates amargos potentes e um cafezinho longínquo. E vejam só, mas não levem muito a sério: pairou em dado momento, aquele cheiro de tapioca tostadinha. Será possível?

INTERMEZZO: Informativo: Este vinho contém Acidulante E-330, Conservante E-220, Antioxidante E-300 e Sulfitos. Não contém glúten. Certificado com o ISSO 9001. E daí, atrapalha? Que o Atlan Vitis saiba não. Será?

BOCA: Fiel á carga aromática descrita complementado com uma certa cremosidade na boca;

PÓS-BOCA: Boa persistência.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Ficou empatado com um espumante nacional numa segunda colocação em disputa saudável – só haviam três no páreo de provas desta noite do curso. Não creio ser um espumante espetacular. Mas ele tem talento para fazer-nos aplaudi-lo perante alguns tributos, como a carga aromática. Nada mais.

Em tempo: Foi surpresa total nos aromas! Assim, o Atlan Vitis continuará a sua pesquisa vínica em busca destes inusitados aromas, em especial este tal de “cheiro de tapioca tostadinha”.

PPN: 78...87

domingo, 6 de junho de 2010

6º VINHO: CHÂTEAU KEFRAYA LES BRETCHES 2007 - LIBANO


6º VINHO: CHÂTEAU KEFRAYA LES BRETCHES 2007 - LIBANO

Produtor: Château Kefraya, Vale Do Bekaa
80% Cinsault, 6% Cabernet Sauvignon, 7% Grenache, 7% Carignan
NOITE DOS TINTOS: Curso: O vinho em 4 momentos
13,5% teor alcoólico; - R$ 55...65 R$ -
Prova: 11.05.2010, loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Um vinho que fechou a noite dos tintos e que valeu a noite pela percepção de “Cravo da Índia” – aroma um tanto quanto raro para o Atlan Vitis, como veremos nas anotações abaixo:

COPO/COR: Intensas lágrimas semi-lentas. Um vermelho com sutil tendência ao tijolo – longe, mas presente. A visão inclinada da taça, do degrade do olho ao halo, aponta-nos uma leve evolução com o tempo;

AROMAS: Cravo da Índia. Especiarias, frutas secas e tomate seco (será?!). Damasco? Frutado sempre;

INTERMEZZO: Na ficha técnica do excelente site do Château Kefraya há a informação de que este vinho é um blend de 7 castas, divergindo das informações colhidas durante o curso e em sua apostila. Favor, caso proceda a divergência, acrescentar na lista acima das castas as seguintes: Shiraz, mourvèdre e tempranillo.

BOCA: Um vinho que passa leveza e traz-nos lembranças nítidas de especiarias e alguns traços de aromas mediterrâneos;

PÓS-BOCA: Final longo e com boa persistência. Talvez, se me permitam uma incursão ousada, com uma leve persistência exótica. Um vinho rico na característica de poder deixar vestígios aromáticos em boca, carregando intimamente especiarias. A sua leveza em boca espanta-nos o álcool plausível deste libanês do vale do Bekaa;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Das melhores. Não sei se pelo fato de ter provado um vinho libanês e seu terroir ou ter percebido, mesmo que subitamente – porém, ultra marcante – um real aroma de Cravo da Índia. Este último, o perceber do cravo, ficou marcante para este editor ainda na escalada básica do mundo dos vinhos. O que posso falar a mais a não ser a felicidade de compreender, vinho após vinho, o quão vasto e rico são os cumes daqueles que se arvoram a degustar, estudar e afinar sentidos?! E tudo isso é válido?

Em tempo: É tempo de reflexões. E caso os vinhos degustados, com responsabilidade e sem abuso, proporcionem além do prazer, reflexões, filigranas de meditações em pró das almas daqueles que os provam visando fins maiores de engrandecimento do humano e do espiritual na terra, poderemos nos tranqüilizar e compreender que é válido. Vale o refletir. Vale cedermos um pouco ao corre corre dos dias modernos para estacionarmos momentaneamente a música divina que habita em nós. E escutá-la. Com ou sem Château Kefraya. Bons momentos. Boas castas. Castas de reflexões.

PPN: 85...90

terça-feira, 1 de junho de 2010

#CBE RIO SOL ESPUMANTE ROSÉ 2008 – BRASIL #CBE



RIO SOL ROSÉ 2008 – BRASIL #CBE
Vinícola Santa Maria S.A. – VINIBRASIL
Fazenda Planaltino, Lagoa Grande, Pernambuco
12% teor alcoólico; - R$ ? R$ - Prova: 15.02.2010

INTRÓITO: 42º Vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs. Desta vez um espumante do vale do Rio São Francisco. Sugestão da Fabiana Andrade - vimvinhovenci -
O Atlan Vitis resgatou anotações do Carnaval – uma das últimas que, por sinal, restavam vir à baila neste blog – e aproveitou o ensejo desta crescente e prestimosa Confraria para postar. Ignorem, por favor, a falta de maiores detalhes. Não foi uma degustação programada e sim uma prova típica de carnaval: sem preocupações maiores a não ser com a alegria vivida – em família, como no caso Atlan Vitis.

COPO/COR: Perlage mediana num copo a suar gelo. Cor numa mescla entre o rosa de pétalas de rosas rosinhas mesmo e algum xarope antitussígeno da década de 80. Certamente outros matizes existiram. Porém, um delicioso peixe frito em pleno Carnaval me aguardava ou me distraía.

AROMAS: Se tinha frutados, frutinhas vermelhas isso ou aquilo não me lembro. Apenas transcrevo o que de fato registrei na hora: Goiabas, goiabas e muito cheiro de goiabas!!! Compotas de goiaba. Goiabada. Chico Bento a roubar as mais deliciosas goiabas do Nhô Lau!

INTERMEZZO: A partir daí as anotações do bloco Atlan Vitis cessaram. Um delicioso almoço de Carnaval estava servido.

BOCA: (...) o Atlan Vitis ficará devendo;

PÓS-BOCA: (...) forçando um pouco lembranças da degustação deste espumante teremos: um vinho espumante agradável em boca e com persistência leve. Ah! Mas só me vêm em mente as benditas goiabas...

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Em resumo para um supra sumo do resumo, relato: um espumante com tipicidade de um Rio e de um Sol, mas completamente agraciado por ares de goiaba brasileira. Brasileiríssima. Não estranhem. É vero mesmo! Até hoje me lembro do aroma forte de goiaba. Impressionante. Ou terá sido o carnaval? Será?

Em tempo: Não houve exageros etílicos e vínicos neste Carnaval 2010 a ponto de causar e atiçar nossas mentes com goiabas. Talvez aquele Paulo Laureano branco - espia só! - degustado com mais 2 casais tenha aberto as porteiras de um rio São Francisco repleto de tendências para a goiaba. Que não me deixem mentir os amigos que provaram este espumante. Me ajudem e manisfestem-se caso leiam este post. Vou cobrar hein!?
Sim! E quem foi que levou este espumante para a casa da Dona Nom, na Redinha?

PPN: 78...87

segunda-feira, 31 de maio de 2010

5º VINHO: DOMAINE CONTÉ SELECTION DE BARRICAS CABERNET SAUVIGNON 2007 – CHILE.



5º VINHO: DOMAINE CONTÉ SELECTION DE BARRICAS CABERNET SAUVIGNON 2007 – CHILE.
Produtor: Domaine Conté – Beringer Blass Wine Estates Chile
100% Cabernet Sauvignon; Valle Central - Chile
NOITE DOS TINTOS: Curso: o vinho em 4 momentos
13,5% teor alcoólico; - R$ 45...55 R$ - prova: 11.05.2010, loja Magazino

INTRÓITO: Segundo vinho a ser degustado no curso em sua noite exclusiva de tintos. Infelizmente apenas três rótulos. Contudo, não foi tão mal assim. De forma nenhuma. Os dois chilenos desta noite, apesar de não serem nenhum top wine, legitimaram o novo mundo com suas características e terroir. Um fato intrigante para esse chileno reside na natureza produtora. Ou melhor, em sua empresa típica de um mercado globalizado: a Beringer Blass Wine Estates Chile. Que, por sua vez, está ligada a uma grande empresa/companhia mundial: a foster’s group.

COPO/COR: Rubi escuro com evidências de maturidade;

AROMAS: O álcool puxou o desfile da paleta aromática.Frutados presentes. Eucalipto, mentol, Vick Vaporub apareceram sutilmente. Vick Vaporub? Sério?

INTERMEZZO: No mínimo este vinho atiçou a imaginação de muitos. Inclusive do editor deste Atlan Vitis;

BOCA: Bons taninos, equilibrado e marcante para a boca;

PÓS-BOCA: uma persistência a querer ser forte persistência, mas que não tem tempo de crescer.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Afora a brincadeira entre os amigos e colegas de curso – por causa do Vick – este vinho não estava ali à toa. É merecedor de elogios. Rápidos elogios e nada mais. Ficará marcado por duas coisas: pela brincadeira com a imaginação através dos aromas e pelo gigantismo via aparo de multinacionais, via mercado globalizado, via blá blá blá demais para um vinho chileno. O Atlan Vitis tomaria este em qualquer lugar do Planeta. Austrália, Estados Unidos, África do Sul... Nova Zelândia... Europa...

Em tempo: não percamos mais tempo com este bom chileno e avancemos para um vinho Libanês.

PPN: 85...89

domingo, 30 de maio de 2010

4º VINHO: VIU MANENT CLÁSSICO CARMENERE 2008


4º VINHO: VIU MANENT CLÁSSICO CARMENERE 2008
CHILE - Valle do Colchagua – 100% Carmenere
NOITE DOS TINTOS, Curso: O vinho em 4 momentos, loja Magazino
14% teor alcoólico; R$ 25...35 R$ - Prova: 11.05.2010

INTRÓITO: 2ª noite do curso. Noite do vinhos tintos. Boa palestra introdutória com destaque para um perfil dos países clássicos na produção de vinhos, incluindo o Brasil. E depois... depois a degustação programada, em que teve dois vinhos chilenos e um Libanês do Chateau Kefraya. Enquanto vou postando sob a batuta de um conta-gotas estes vinhos, primeiramente teremos este abre alas: um representante dito clássico da casta Carmenere. Que possamos abrir as alas...

COPO/COR: Rubi profundo e brilhante/jovem, lágrimas medianas.

AROMAS: Especiarias, frutados. Lembrou queijo. Será? Madeira certamente. Graças aos “chips” ou lascas nos tanques de inox. Chips de madeira com boa tostagem!

INTERMEZZO: Este deve de ser um vinho típico para exportação. Talvez até em “levas” diretas para o importador brasileiro. Relato isso sem me aprofundar nem tampouco ter respaldo da própria Viu Manent. No entanto, como pude constar no site deles, não há menção nenhuma a este Clássico. Será que minhas conclusões são certas? Pesquisemos...

BOCA: leve estrutura com segura presença de taninos em bom equilíbrio;

PÓS-BOCA: persistência mediana moderada.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Foi bom conhecê-lo. Foi bom tê-lo em boca. É um vinho digno de ser clássico. Porém, o Atlan Vitis esperava um clássico com mais gosto e vibração, garra e gana – em se tratando de um carmenere 100%. Foi um excelente abre alas para a chegança de um Libanês.

Em tempo: Fiquei curioso para provar os tops desta conceituada vinícola chilena.

PPN: 80...85

quinta-feira, 27 de maio de 2010

3º VINHO: VIU MANENT ESTATE COLLECTION CHARDONNAY RESERVA 2008


3º VINHO: VIU MANENT ESTATE COLLECTION

CHARDONNAY RESERVA 2008;

VALE DO COLCHAGA, CHILE
92% Chardonnay e 8% Viogner - Produtor: Viu Manent
NOITE DOS BRANCOS, Curso: O vinho em 4 Momentos -
14,5% teor alcoólico; R$ 25...35 R$; Prova: 10.05.2010, loja Magazino

INTRÓITO: Terceiro vinho branco posto à prova no curso ministrado pelo enófilo Marcelo Chianca da Magazino http://www.sabormagazzino.com.br/ . Um vinho que por 3 anos consecutivos ganha destaque e está entre os 3 melhores chilenos desta categoria. Na verdade, espiando no site da www.viumanent.cl podemos ter um rol destes prémio desde 2001 ou 2002 se não me engano. Vamos a este Viu Manent:

COPO/COR: Lágrimas generosas e corpulentas semi-lentas na taça.

AROMAS: Compotas, discreta madeira, um certo ar de melado (Queimado?)

INTERMEZZO: A foto deste post é de um Viu Manent safra 2008 e talvez tenhamos provado um vinho safra 2007. Digo isto após constatar no site da Viu Menent que o Chardonnay de 2008 não tem a uva viogner em sua composição. No entanto, foi realmente citado pelo palestrante essa composição bivarietal – com predominância total para a chardonnay. Assim, caso se intriguem como o Atlan Vitis o fez, separemos as coisas: foto postada: 2008; vinho provado – possivelmente – 2007; paciência...

BOCA: Tem boa acidez e transmite realmente uma plenitude que pode se traduzir pelo equilíbrio e pela delicia prolongada em boca;

PÓS-BOCA: Já foi dito: delícia prolongada em boca. Mas... será que, caso tenha 8% de viogner, o retrogosto pós-boca tenha outra perspectiva?

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Mais estrutura em relação aos demais desta noite de brancos. É realmente um vinho muito bom. Seria um vinhão? Tem status. Tem porte pra ser e merecer prêmios. É um vinho tão legal que deixo pra lá a confusão de safras: 2008 ou 2007? Deixa pra lá. Com ou sem viogner é um belo chileno Chardonnay. Vinho branco Viu Manent por um blog potiguar!

Em tempo: São válidos cursos e ou encontros para degustações, porém, nada se compara às provas feitas na tranqüilidade do lar. Sem aperreio nem troca de safras. Só a saudável confusão natural da filharada nova e sua elétrica música sem fim, apenas um enfim em pleno lar.

PPN: 87...92

terça-feira, 25 de maio de 2010

2º VINHO: LAS BRUJAS SAUVIGNON BLANC 2008 – Uruguai


2º VINHO: LAS BRUJAS SAUVIGNON BLANC 2008 – Uruguai
NOITE DOS BRANCOS, Curso: “O vinho em 4 momentos”
100%Sauvignon Blanc; Produtor: Gimenez Mendez
12,5% teor alcoólico; R$ 35...45 R$; Prova: 10.05.2010

INTRÓITO: Noite do dia 10 deste maio de 2010. Loja Magazino. Palestras e instruções mui ricas de informações doadas dadas e explanadas pelo enófilo Marcelo Chianca. Uma primeira noite, dedicado aos vinhos brancos, com os participantes ainda acabrunhados e em processo de química astral e entrosamentos mútuos, em que os vinhos foram os responsáveis por romperem as fronteiras existentes entre os convivas. Teve até uma coruja simpática a voar imaginariamente para a segunda taça de prova. Lembranças da escritora Lya Luft – não me perguntem porquê! Vamos à bruxa boa, ops! Digo: Vamos ao Las Brujas?!

COPO/COR: Cor numa mescla de verde clarinho com amarelo clarinho com tons palha palhinha;

AROMAS: Goiaba, melão. Sumo de uma imaginária salada de frutas cítricas permeada de mel. Mel de Jandaíra? Mel Karo? Lembram não?

INTERMEZZO: Essa história de Mel Karo rendeu na mesa... que me confirmem os confrades do curso;

BOCA: Concordo com o contra-rótulo quando diz ser “um vinho de ataque seco e potente no paladar, (...)” Mas...

PÓS-BOCA: Discordo quando é citado “(...) com grata e longa persistência em boca.” Pois foi, perceptível e evidente, uma persistência de boa acidez mas com uma sensação de espaço tempo lugar comum, uma tanto quanto dissimulada. E isto não é um mal nem um desagrado. É só uma característica de um bom vinho. Não nos preocupemos;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Agradável e gostoso como os outros da noite. Mas este não passou por uma transfiguração quando em boca. Talvez faltasse a Lua Cheia para um bom Las Brujas – ou não! Às vezes criamos expectativas quando na verdade deveríamos apenas observar o que se nos é posto em perspectiva. Saudável exercício do observar e do curtir o simples. Que pode ser um BIGBANG. Mas, aterrissando de carona com a coruja do Las Brujas, afirmar-vos-hei: sua persistência existiu, porém uma tanto quanto dissimulada. Tal qual olhar da coruja bruxinha no rótulo principal. Ou seria: “tal qual olhar de uma bruxinha corujinha no frontispício da garrafa?”

Em tempo: Este curso foi duas semanas atrás e entre as Coréias reinava uma falsa PAZ. Ah! Como o Atlan Vitis gostaria que esta falsa paz transmutasse em uma paz real. Paz sem fronteiras. Sem navios bombardeados. Sem famílias
a chorar por uma guerra em eminente (falso) raiar. Será necessário mais terremotos para nos assolar e fazermos acordar para enfim, reconhecermos como uma só família? Uma só família neste Planeta Terra? Sim... sim...

Vide Intróito deste post e vejamos se realmente deu certo, via degustação vínica, rompermos as fronteiras. Manifestações vide comentários... não se acabrunhem! Com a palavra...

PPN: 84...88

domingo, 23 de maio de 2010

1º VINHO: NOITE DOS BRANCOS – SERRERA MOMENTS TORRONTÉS 2008; Argentina.

1º VINHO: NOITE DOS BRANCOS
SERRERA MOMENTS TORRONTÉS 2008

Produtora Serrera - Argentina
13,2% Teor Alcoólico; R$ 30...45 R$; Prova: 10.05.2010

CURSO: O Vinho em 4 Momentos – Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Após palestra ministrada pelo enófilo e aguerrido cicerone Marcelo Chianca, finalmente foi dada a partida para a parte prática deste curso. Noite dos vinhos Brancos. Passaremos a conhecê-los agora. Vejamos...

COPO/COR: Límpido e com substancial brilho para um amarelo esverdeado clássico;

AROMAS: Floral moderado. Outros perfumes em ousada potência, tornando-se agradabilíssimo tê-lo próximo. Pedra Dágua?

INTERMEZZO: http://www.serrera.com.ar/

BOCA: Boa acidez, jovem, levemente mineral;

PÓS-BOCA: persistente e insistente em querer ser o mais persistente da noite;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: A torrontés têm me surpreendido basicamente no quesito aromas e este Serrera Moments não decepcionou. Também não decepcionou noutros quesitos. Contudo, talvez por força da “correria” do provar da noite não foi possível curti-lo como gostaria. Ainda assim, perceptível foi reconhecê-lo como um vinho para alem de honesto. Um vinho merecedor de boas companhias humanas, seja em cursos como o promovido pela Magazino, seja em picinics vinicos de outono, inverno, primavera e principamente verão – em se tratando de Natal e Nordeste do Brasil.

Em tempo: Esta palavra “Moments” no titulo do vinho faz jus, de fato, ao átimo corrido ou aos futuros átimos congelados em um estacionar do tempo que, potencialmente, este torrontés da Serrera pode e poderá nos proporcionar.

PPN: 85...90
PPN (Portugal): 14...15,5

sábado, 22 de maio de 2010

ATLAN VITIS Participa da 4a. Edição do "O Vinho em 4 Momentos"

O VINHO EM 4 MOMENTOS


  • Teremos 13 vinhos a serem postados em doses diárias, degustados pelo editor do Atlanvitis;


  • A 4a. edição do curso "O vinho em 4 momentos" foi realizada nos dias 10, 11, 12 e 13 de maio de 2010, na Magazino;
  • Facilitador: Marcelo Chianca - enófilo;



  • 1º dia: Vinhos Brancos;

  • 2º dia: Vinhos Tintos;

  • 3º dia: Vinhos Espumantes;

  • 4º dia: Jantar Harmonizado - 1 Branco, 1 Rosé, 1 Tinto e 2 vinhos de sobremesa;


Em tempo: após estas 13 postagens teremos mais relatos de outra degustação que o Atlan Vitis esteve presente. Aguardemos...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

I PICNIC VÍNICO DE OUTONO

I PICNIC VÍNICO DE OUTONO
Aliança Clássico Tinto – Reserva 2005
Vinho Regional Beiras – Sangalhos, Portugal
Casta: Touriga Nacional – Produtora Caves Aliança
Teor alcoólico: 14,5%; R$ 30... 40 R$; Prova: 17.04.2010
Picnic Vínico no Mirante da Barreira do Inferno – Parnamirim/RN

INTRÓITO: A idéia – antes da de surgir este tal de picnic vínico de outono – era a realização de um picnic em gramado a céu aberto para as crianças, com cesta repleta de comidinhas saudáveis, frutas diversas e bebida infanto-juvenil própria para fim de tarde. Para os adultos, moderadores da diversão com a criançada, um vinho. Porém, chegou uma chuvinha fina e semi-atrapalhou os planos. Resultado: todos para o abrigo do lar e então a coisa ficou incrementada para os adultos. As crianças se acomodaram facilmente – como água! Já os adultos... bom... de comidinhas infantis para tira-gostos, queijos e Vinho. Varandão... Visual agradabilíssimo e um delicioso vinho para abrilhantar este improvisado e inusitado “Picnic Vínico de Outono”. Vejamos agora a incursão do Atlan Vitis a este vinho de Portugal para um Picnic de supetão:

COPO/COR: Rubro tinto com tons tijolo amadeirado. Grossas lágrimas denotando vida mesmo após meia década;

AROMAS: Cascas de Madeira e frutos vermelhos suculentos. Mas... que frutos vermelhos? Quais? Algum daqui do nordeste brasileiro?

INTERMEZZO: Estagiou em barricas de carvalho francês durante um ano;

BOCA: Saboroso acima de tudo e com estilo e rigor graças à forte presença de frutas vermelhas;

PÓS-BOCA: Persistente e portentoso;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: O álcool pareceu conduzir este vinho a uma personalidade forte, conferindo-lhe um caráter robusto. Evoluiu muito bem na taça e comparando o primeiro gole com o último há uma diferença enorme. De primeira o álcool domou e embaçou o tutti deste vinho. Mas ao final... imploramos por mais. Uma pena! Era só uma garrafa disponível. No geral uma constatação clara: está no auge e já dá sinais de inclinação. É um bravo vinho e será bravíssimo caso alguém – ou o próprio Atlan Vitis – venha daqui a um ou dois anos e noticiá-lo como ainda em forma - se é que ainda o encontraremos no mercado! Pois no sitio da aliança... se bem que teremos outros.

PPN: 87...91

quarta-feira, 5 de maio de 2010

AMALAYA DE COLOMÉ 2006 – Argentina



AMALAYA DE COLOMÉ 2006 – Argentina
Bodegas Colomé, Valle de Colchaqui, província de Salta
Um corte de Malbec, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Tannat e Bonarda;
Uma espécie de vinho “pentacasta” ou “pentavarietal”!!!
14,2% teor alcoólico; R$ 35...55 R$; Prova: 02/05/2010;

INTRÓITO: Se fosse para fazer uma bela introdução sobre a centenária Bodegas Colomé o ideal seria criar uma postagem exclusiva. Como nos valemos hoje em dia da facilidade de pesquisa via instrumentos da web, digo-vos que alguns cliques além blog Atlan Vitis seriam de grande valia. Assim, não deixem da passar no próprio sitio da Colomé. Vale a pena mesmo! www.bodegacolome.com/
Bom, e quanto a este vinho, aliás um magnífico vinho de corte – pentavarietal – basta acompanharmos agora as anotações deste. Entretanto torna-se necessário registrar que a palavra “Amalaya” da língua quíchua, nativa dos incas, significa “milagre”. E bota milagre nisso! E em boca então...

COPO/COR: Rubi muito escuro. Lágrimas constantes a passos de jabuti. Tem o halo denotando ação do tempo com imenso e ainda incomensurável retardo para um possível fim deste vinho. Ou seja: podemos deixar na adega e tomá-lo depois da copa do mundo de futebol. De 2014.

AROMAS: Especiarias, madeira, um mel distante e num instante, num átimo, possivelmente pétalas de rosas. Positivamente complexo. Deveras complexo;

INTERMEZZO: É um vinho já bastante debatido no circuito dos enoblogs. Basta pesquisarmos na web e teremos inúmeros comentários;

BOCA: Rico em taninos equilibrados. É saboroso e de muito gosto. Porém, tem um porém atraente – ou repelente, em boca, para outros – que é um robusto gosto, forte mesmo, advindo certamente das cascas (e seus travos) das uvas aqui quintuplamente citadas;

PÓS-BOCA: Deixa uma grande área da língua a deslumbrar-se com potentes taninos embebidos de especiarias inexplicáveis. Ainda assim, é um vinho que “ressoa” em média persistência. Dá água na boca! Ou melhor: Dá água que vira vinho na boca!

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: O Atlan Vitis ficou com o “porém atraente” – longe, inimaginável, de ser, em boca, um repelente. Atenção! Procura-se elogios diversos para a gama merecedora deste vinho. Mas, para resumir o leque de elogios e seus adjetivos e toda a pompa que merece o Atlan Vitis apenas escreve: Amalaya, um milagre que dá água na boca. Ou melhor: Um vinho arrebatador, um milagre à nossa disposição.

Em tempo: Foi harmonizado pela Chef Nanda com o seguinte cardápio: Strognoff light com ervilhas frescas e abobrinhas salteadas; + arroz ao alho. As crianças foram, de novo, de Arroz de Astronauta. Teve também uma harmonização sonora com a audição, apesar de ser um DVD, do clarinetista Paulo Sérgio Santos e do compositor Guinga, com a obra “Saudade do Cordão”. Um milagre de DVD a casar perfeitamente com este vinho de cinco castas. Bravo!

PPN: 90...94

segunda-feira, 3 de maio de 2010

PERSPECTIVAS DE POSSIVEIS NOTAS - O QUE É ISSO?


Um novo sistema de avaliação de vinhos está no ar!!! Será que está a fazer inveja aos sistemas de 100pts e ou de 20 pts e ou de taças e ou de estrelas mundo afora?
Do que se trata então este tal novo sistema? PPN, o que é isso?

calma... apesar de que "por trás de toda brincadeira há pontas de verdade"...

...O Atlan Vitis esclarece:

Desbravando lentamente os recursos que me são oferecidos neste blog, resolvi publicar uma página extra no Atlan Vitis para explicar ou vos complicar - com muito humor! - o que e do quê se trata este tal de PPN que de há muito venho inserindo nos finais dos posts.

Assim, agora basta acessar o link na página principal do blog e tentar me ajudar a entender este sistema de avaliação. Será que hei de fazer inveja a Robert Parker e Jancis Robinson?

Então?! O que estás esperando, vai lá!!!

saúde!

Daniel

sábado, 1 de maio de 2010

#CBE VILLA ROMANU 2008 #CBE



#CBE VILLA ROMANU 2008 #CBE
Vinho Regional Alentejano 2008 – Herdade do Perdigão
Castas: Trincadeira, Aragonez e Cabernet Sauvignon
13% teor alcoólico; R$35...55R$ Data da prova: 24/04/2010

INTRÓITO: 41º vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs - #CBE cuja indicação do confrade xará Daniel Perches do blog http://www.vinhosdecorte.com.br/ versa sobre um vinho de corte tríplice, com livre escolha para qualquer país, safra e vinícola.

Quanto a esta escolha do Atlan Vitis, o Villa Romanu com o corte tríplice acima citado – vide castas no cabeçalho – foi fruto de inspiração com observação da Herdade do Perdigão e que, por fim, gerou uma homenagem à aspectos históricos e honrosos da viticultura portuguesa.

O nome está ligado à paisagem próxima de Monforte, local que ainda preserva antigas ruínas romanas e que, por sua vez, apresenta-se como um patrimônio arquitetônico que testemunhou a saída de tempos em tempos dos “Vinhos dos Papas”. Produzido ali, nas faldas da Serra de S. Mamede, o vinho ia para o Vaticano, onde era degustado nas ocasiões solenes. Vamos ao vinho...

COPO/COR: Vermelho Perspicaz. Corpo vínico a formar nas paredes da taça medianas lágrimas;
AROMAS: Casca de Jambo liquidificado com algo etílico. Será? Frutinhas vermelhas e um leve e discreto carvalho, madeira sutil. Têm um quê de tostado não identificado. Seria “morangos tostados”?

INTERMEZZO: Parece até que há um olhar enológico do mestre Paulo Laureano para este Villa Romanu. Será?

BOCA: Macio e divino; Equilibrado e atraente para a própria boca. Taninos a demonstrar força e ao mesmo tempo um certo “macio” eqüidistante;

PÓS-BOCA: Final agradável com longínquas filigranas do álcool a arrebatar em sensações tintas. Boas uvas. Bom corte tríplice.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Um vinho honesto e moderno. Sério e companheiro;

Em tempo: Este 41º vinho da Confraria Brasileira de Enoblogs embarcou numa aventura gastronômica com presença dos meus filhos. Espia só o cardápio – mui bem capitaneado pela amada mão materna, Chef Nanda: Carne de Panela, Arroz de Astronauta e Couve Mineira. (Arroz de Astronauta: arroz branco + Kinua);

PPN: 85...89

quinta-feira, 29 de abril de 2010

YSERN – BLEND OF REGION TANNAT 2007 ROBLE – URUGUAI




YSERN – BLEND OF REGION TANNAT 2007 ROBLE – URUGUAI
Cerro Chapeu, Las Violetas – Bodegas Carrau
12,5% teor alcoólico; R$ 30...50 R$; Data de prova: 13.03.2010
Do mirante da Barreira do Inferno – Parnamirim/RN

INTRÓITO: Um vinho a homenagear Margarita Ysern. Vide www.bodegascarrau.com ou http://vinhoparatodos.blogspot.com/2010/04/ysern-gran-reserva-tannat-2005.html e confira aspectos, características e detalhes históricos desta homenagem. Vale o conferir. Eis um tannat jovem. Um tannat tranqüilo. Elegante. Tannat pouco taninoso; mas tannat. Rigorosamente tannat;

COPO/COR: Lágrimas granulo-goticuladas em desfile a passo de tartaruga da pista interna da taça. Rubi totalmente escuro e um halo vigoroso;

AROMAS: Frutados vermelhos com leve acentuação alcoólica. Especiarias distantes. Inusitadamente e em desconhecida ocasião ao fungar fungando sempre o liquido em taça, perceptível foi o cheiro de couro ou pele de bovinos. Ares de curral? Será?

INTERMEZZO: As castas de Tannat que deram vida a este Ysern são provenientes em 25% da região de Cerro Chapéu e 75% de La Violetas. Repousa por 9 meses em Barricas Roble americano;

BOCA: Foi percebido uma diferença após maior tempo em decantação. No primeiro momento ataques suaves cognominando juventude a este Ysern da casta Tannat. Já num segundo momento, após maior descanso do vinho, firmeza e elegância bem distintas. O álcool surge e ressurge, porém, não desaponta nem lança-nos uma lança de estrago;

PÓS-BOCA: ligeiro e com sumiço rápido dos taninos. Boa leveza e jovialidade ao final de tudo;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Valeu e vale degustá-lo. Um vinho com uma jovialidade e tranqüilidade um tanto quanto exageradas mas que tem sua graça. O Atlan Vitis precisa calibrar outra impressão deste Ysern Tannat para precisar outras impressões, em especial por percebê-lo como um honesto vinho a camuflar – não sei onde – o lado tânico de uma casta homônima a este lado dito;

Em tempo: Aonde os taninos? Ficaram, por acaso, grudados nos tostados das barricas Roble?

NOTAS: PPN: 82...87