sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ATLAN VITIS EM REFORMULAÇÃO...

Caros,
estou reformulando mentalmente - e espiritualmente - este Atlan Vitis.
Peço perdão por ter cerca de 30 postagens prontas e ainda não divulgá-las.
No entanto, após este meu hibernar, poderemos voltar ao nosso virtual diálogo que ultrapassa as benesses do social pelas nebulosas saudáveis do mundo do vinho.
do editor do Atlan Vitis...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VERTICAL SALENTEIN: MERLOT 1999, Argentina



VERTICAL SALENTEIN: MERLOT 1999, Argentina
SALENTEIN 100% Merlot, Mendonza,
Alto Valle de Uco, Argentina
14,5% teor alcoólico, -R$ ... R$-
Prova: 17.06.2010, na Magazino

Intróito: A capital do Rio Grande do Norte, Natal, foi palco para a realização de uma Vertical com vinhos das Bodegas Salentein no mês de junho. A degustação, promovida pela Magazino, foi ministrada pelo enófilo Marcelo Chianca, expoente mor desta loja. O Atlan Vitis pôde conferir e se entusiasmar com esta inédita vertical. Vamos a este primeiro vinho.

COPO/COR: Vermelho mesclado ao rubi com uma surpreendente parca evidência de evolução para um vinho ano 1999. Há, sutilmente, as cores típicas de um vinho mais velho, discreto, sem reflexos e brilhos maiores.

AROMAS: Ao servir da taça reinava absoluto o álcool. Bom sinal?! Vejamos... pois logo veio o descanso em taça e...Espetacular!!! Chocolate Amargo, baunilha e uma madeira equilibrada com nuances para o café. Um intróito aromático apetitoso. Um convite imediato para direcioná-lo à boca.

Intermezzo: Os vinhos apresentados nesta vertical Merlot Salentein não sofreram em nenhum momento, como bem atestamos nas degustações. Foram vinhos que tiveram o privilégio necessário nos cuidados com transporte, guarda e serviço correto. Congratulações à Magazino por ser um dos responsáveis por este feito.

BOCA: Frutado. Potente quando o álcool dava o seu ar da graça. Depois, ainda potente, porém, com elegância. Equilíbrio decano.

PÓS-BOCA: De inicio, com o Atlan Vitis afoito com este 1999, o álcool conduziu à sensação de desequilíbrio no retrogosto. Contudo, após merecido descanso em taça, tivemos um final de persistência moderada. A acentuação alcoólica já não era o mote principal. Ainda assim era o fio condutor de uma boa sensação vínica em boca e pós-boca. A transubstanciação de um vinho respeitadíssimo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Surpreendente vinho. Custo um pouco para dar o seu ar da graça e contar-nos sua história. Mas essa relação de tempo e espera ficou totalmente descartada ante o espetacular convite aromático exalado de um vinho oriundo de um século findo, de uma década vizinha e de um milênio que ficou para trás. Um vinho a ser respeitado. e existem duas únicas formas de melhor preservar este respeito a este Salentein 1999: tratando-o com os devidos cuidados no transporte e na guarda adequada e, principalmente, tomando-o hoje.

Em tempo: Sempre é tempo de verticais!!!

PPN: 84...90

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

45º VINHO da C.B.E - Confraria Brasileira de Enoblogs; #cbe

Confrades e demais leitores do blog Atlan Vitis,
segue abaixo a lista e seus links das postagens do vinho do mês da Confraria Brasileira de Enoblogs:

Vinho do mês: Cabernet Franc Nacional

Basta clicar nestes:

Atlan Vitis

Levinaublog

Falando de Vinhos

Azpilicueta96 Temática

Azpilicueta96

Eueovinho

Vinho Para Todos

Alexandre Queiroz

Enoleigos

Marcelo di Morais

Etilicas Notas

Vinhos de Corte


e também no ENOBLOGS - clicando em tags.

saúde!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE



CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE;
45º Vinho para a Confraria Brasileira de Enoblogs.

Frustração? Experiência ou experimentação? Afinal, comprar um vinho que dá todos os indicativos de que foi maltratado é uma atitude boba ou uma atitude de investimento para “conhecimentos enológicos”? E ainda assim: Será que valeu a pena? Será que vale este tal “investimento”? Vejamos...

Como de praxe, todo mês um confrade aponta uma sugestão de degustação para toda a Confraria Brasileira de Enoblogs. A deste mês, casta Cabernet Franc brasileira, foi previamente indicada pelo confrade Jurandir do blog: Eu e o vinho; Escolha excepcional ante uma uva que aparentemente julguei ser de difícil presença como uma varietal 100% nos vinhos nacionais. Mas não, ledo engano. O Brasil dos vinhos finos evoluiu e já oferece um respeitado leque com a Cabernet Franc. Basta, em especial após esta iniciativa mensal da CBE, clicar nos blogs associados e “garimpar” o que o mercado oferece. Curiar sobre o que escreveram os demais membros da CBE.

Sim, os confrades escreveram e...publicaram. Mas, o Atlan Vitis... ficou matutando três dias se publicava ou não o vinho do mês. Se escrevia ou não sobre o vinho adquirido e “parcialmente degustado”. E então... perdoem-me pelo atraso na publicação de um vinho que tentei degustar e que agora apenas serve de mote para uma resenha, uma historieta. Acompanhem...

Natal, cidade cosmopolita e capital de um bravo estado elefante, o Rio Grande do Norte, é considerada por muitos como um verdadeiro paraíso graças às suas belezas naturais e ao aconchego do povo. Dizem que quem chega por aqui são “abrisabraçados” pelos que fazem a atmosfera local e, obviamente, pelo próprio clima.

Certamente, como ocorrem com inúmeras outras cidades mundo afora, Natal serve de cenário para degustarmos vinhos e mais vinhos, independente de seus países de origem, independente de suas safras, gostos e bolsos.

No entanto, e posso falar com propriedade, Natal não oferece as condições ideais para a guarda de vinhos. Sol intenso, luminosidade extrema, temperatura mínima (eu disse mínima hein!) na casa dos 23,24 ou 25 graus em média, umidade relativa do ar sempre rondando a casa dos 100%, dentre outros fatores típicos de um litoral nordestino e de uma cidade com alguns focos de “rush” térmico, são indícios claros, claríssimos, do quanto um vinho irá sofrer por aqui.
Salvo aqueles que se comprometeram a ter em suas casas ou estabelecimentos comerciais toda uma aparelhagem (adegas, etc.) necessária às necessidades de guarda dos vinhos, minha querida Natal, definitivamente, não é um paraíso para a guarda de vinhos. É compreensível, concordam? Mas vejam só: apenas para guarda. Para degustar... hum até parece que o vinho fica mais encantador. Será? Venham conferir...

E, sabedor disto tudo, após rodar por duas semanas na caça por um Cabernet Franc Brasileiro disponível, apenas pude ter a chance (afora pela internet) de adquirir uma garrafinha de 375ml do vinho numa loja de turismo, especializada em castanhas de caju.

Esta loja eu já conhecia. Uma loja sem ar-condicionado. Já comprei castanhas por lá. Loja sem nenhum cuidado com circulação de ar, por certo para atrair os clientes turistas pelo cheiro das castanhas potiguares (eu sou fã de castanhas!). Sim... inclusive presenciei sua mudança de endereço recentemente: saiu de uma rua super quente e ensolarada da badalada praia bairro de Ponta Negra para, 300 metros adiante, um píer turístico ainda em construção, também quente e sem refrigeração.

Bem, seria um sonho que os vinhos disponíveis desta loja pudessem ter sua devida acolhida numa adega própria etc. Porém, certos estão os donos. É uma loja de vender castanhas. Os vinhos estão ali para... um dia vou descobrir! E olha que há bons exemplares, talvez raridades.
Raridades como a que julguei encontrar. Tanto que dispensei a internet na compra deste Cabernet Franc. Comprei no dia 30 de julho, dois dias para a postagem do dia 01 de agosto, a postagem mensal da CBE.

Assim, antes de criarmos coragem em ler a ficha de degustação abaixo, faço um apanhado geral de como e em que estado estava as garrafinhas de 375ml, safra ano 2000, da Casa Valduga:

1. Loja nova, abafada e quente, com intensos cheiros de verniz misturado com o habitual cheiro de castanhas caipiras, castanhas doces, amanteigadas, fritadas, com gergelim, etc;

2. Garrafinhas na horizontal, porém, em estante aberta e ao lado da chapa fogão de torra das castanhas;

3. Conversando com um dos donos descobri que na mudança recente da loja os vinhos foram transportados em camionete pau de arara, ou seja, ao léu e ao sol generoso de Natal;

4. A rolha, assim como o estado geral da garrafinha, estava em boas condições... era um sinal de esperança! Será?!

Vamos ao vinho!
CASA VALDUGA SECULUM 2000 CABERNET FRANC – BRASIL - #CBE
Produtor: Casa Valduga, RS – Brasil
12,5% teor alcoólico; -R$ 15,00 R$- (375ml)
Prova: 30 e 31/07/2010 em Natal/RN

COPO/COR: Tijolo, telha e barro em matizes e cores predominantes. Água barrenta. Um leve traço tonalidade de uva passa preta. Algumas lágrimas discretas, perdidas. Formação de cristais e de uma espécie de areia liquida na garrafa, na taça e no decanter. Uma década de impregnação vinica?

AROMAS: Café bem torrado (tostados quase horripilantes). Ares terrosos, barrento. Uvas passas. Talvez passas torradas. Presença também de um cheiro de chapa de frigideira incrustada de pão queimado. Vinagre. Balsâmico forte, enjoado.

Intermezzo: Por favor, não pensem que a loja referida é um pandemônio comercial. Alias, muito longe disso. É uma loja referência em castanhas de caju, souvenires nordestinos, muitas cachaças e ... vinhos. Vinhos? Nossa, êita mundão cheio de histórias!

BOCA: Um mistério. Estaria apto a ser degustado? Estaria “bebível” este Cabernet Franc brasileiro?

PÓS-BOCA: Persistência praticamente nula ante o golinho (foi um golinho medroso mesmo!) em boca. Exceção para o forte aroma de tostados terrosos permeando a boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Até agora e acredito que por um bom tempo estarei escavacando as minhas impressões ante o beliscar que foi a minha degustação em boca, em olhar, em tudo, deste Cabernet Franc adquirido numa loja turística nordestina. Frustração? Experiência ou experimentação? Afinal, comprar um vinho que dá todos os indicativos de que foi maltratado é uma atitude boba ou uma atitude de investimento para “conhecimentos enológicos”? E ainda assim: Será que valeu a pena? Será que vale este tal “investimento”? Ao menos tenho uma resposta título pra tudo isso: Um Cabernet Franc que virou história – parte única.

Em tempo: Este vinho não fez mal à saúde deste editor. Até então!!! rs

terça-feira, 27 de julho de 2010

SERRADAYRES RESERVA 2008 - Portugal


SERRADAYRES RESERVA 2008
RIBATEJO DOC PORTUGAL
Castas: Touriga Nacional, Castelão e Trincadeira
Produtor: Caves Velhas – Enoport
13,5% teor alcoólico, - R$ ?...? R$ -
Prova: 22 e 23.06.2010

INTRÓITO: Alguns degustações só acontecem quando ocorrem predisposições particulares sui generis. O Atlan Vitis é extremamente grato e agraciado pela presença saudável e constante de um casal de enófilos que proporcionam momentos especiais e particulares como o da degustação deste vinho. De retorno do Velho Mundo, os confrades amigos, um casal de fisioterapeutas, trouxeram algumas garrafas. E que garrafas! Aliás, que vinhos! Aliás... nada de elogiar agora garrafas e seus líquidos, mas sim, de agradecer publicamente a estes confrades do “Mirante” pelo oportunidade possibilidade de brindarmos taças. De brindarmos à saúde nossa, dos nossos, do planeta e até do que não conseguimos “ver”, como a criação inusitada e ainda não detalhada desta Confraria Lúdica de Enófilos do Mirante da Barreira do Inferno.
Observação: este “lúdico” e seus inúmeros significados remete também e principalmente à presença dos nossos filhos, sempre na boa algazarra, enquanto “tentamos” avançar nas nossas degustações conversações.

COPO/COR: Granada intenso. Lentas lágrimas. Límpido visual das uvas num convidativo vinho. Mui bem apresentado em taça. Impossível recusá-lo e não tê-lo em boca e ainda não ter a oportunidade de explorar quais aromas saem de sua cor. Uma jovem reserva cor convidativa.

AROMAS: Frutos vermelhos apresentados em compotas. Muita uva. Uva boa. Boníssimas uvas. Toques de carvalho e/ou tostados bem dispostos e bem distribuídos na paleta de aromas. Finesse.

Intermezzo: Com paciência e com uma boa memória de quem já esteve em bosques talvez seja possível perceber no tutti aromático algo que lembre o miolo de uma floresta e seus cheiros de folhas, terra, bichos, bichinhos, trilhas e outras infinitas nuances de mata. Cheiros aquém Atlânticos?!

BOCA: Equilibradíssimo, saboroso e deveras elegante. O corpo das uvas em avantajada presença.

PÓS-BOCA: Com um certo exagero saudável para um vinho merecedor, eis uma frase resumo, fruto inspiração advinda deste bom vinho português: “Um vinho de persistência que extrapola os sentidos e finca-se nos meandros do bem querer de nossa mais cativa memória.”

Impressão Atlan Vitis: Fantástico e muito especial. Da cor e suas lágrimas na taça, passando pelo requinte aromático até chegarmos a um vinho pleno na boca, simplesmente deparamos com um magnífico liquido. Vinho que no quesito conjunto da obra arrebenta. Merece repeteco sempre. Arrebatador.

Em tempo: Foram produzidas 250.000 garrafas. E para chegar a este número as uvas foram colhidas na Quinta S. J. Batista tendo o acompanhamento e responsabilidade geral do enólogo Osvaldo Amado que, no processo de vinificação adotou os seguintes passos: Desengace total, maceração pelicular prolongada, fermentação alcoólica a 28º e por fim um estágio de 9 meses em barricas de carvalho francês.

PPN: 86...92

sábado, 24 de julho de 2010

12º Vinho: LES BATEAUX SYRAH 2008 - FRANÇA



Produtor: Jacques et François Lurton, Domaine de Poumeyrade
100% Syrah.
13% teor alcoólico, -R$ 40...50 R$-
Prova: 13.05.2010 – Degustado na Loja Magazino, Natal/RN

INTRÓITO: Este foi o vinho que fez par com o prato principal da noite (Filé ao Molho de Foie Gras com Cogumelos e Gratin de Batata) de encerramento do curso “O vinho em 4 momentos”, promovido pela Magazino, Natal/RN. O Atlan Vitis teria muito mais para comentar sobre este Lês Bateaux e seus produtores, o que daria outra postagem a posterior, porém, para esse momento de resgate de antigas anotações da caderneta de provas, optei por repassar ao blog este vinho com uma síntese extraída. Assim, sem maiores aprofundamentos culturais, históricos e convenientes que cercam este vinho francês, apresento o que me foi dado poder presenciar quando o provei.

COPO/COR: Não é chorão na taça. Tem lágrimas modestas e ainda assim não é chorão. E se fosse um chorão, carregaria sua cor de rubi. Um rubi de vinho. Existe rubi-bonina? Um rubi-bonina choroso?

AROMAS: Frutados. Notas de especiarias. Frutados vermelhos não compotados.

Intermezzo: Este vinho possui a demarcação mais simples dada pelas instituições francesas. No caso especifico deste Lês Bateaux, dos irmãos Lurton, é um vinho que presume-se ter qualidade com um preço reduzido, acessível. Um Vin de Pays de d’Oc.

BOCA: Com um leve picante típico da uva Syrah este vinho mostrou-se saboroso e fresco na boca. Bom corpo.

PÓS-BOCA: Persistência em curta cadência para um prelúdio a permanecer na boca em implorante repetição do liquido em boca. É como se a boca, após gole, dissesse “mais uma prova, por favor!” Mas vejam só: não é a persistência que é insistente. É o gosto em boca ou com o liquido em boca que este vinho deixa-nos uma boa memória e então, com essa boa lembrança, ocorrem sinapses em átimos incomensuráveis para ter o vinho em presença às nossas percepções.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Foi excelente. Mas o vinho não o foi. Foi bom ou muito bom no aspecto “prova do vinho”. Talvez o jantar tenha proporcionado a excelência do momento e então... o vinho surfou a crista desta onda momento de excelência. De lembrança como forte impressão vêm-me à tona o quão agradável foi em boca e pós-boca. Não me lembro como foi a harmonização. Paciência. Parece até que o Lês Bateaux deixou o Atlan Vitis mareado em boca com conseqüências pós-boca. Deve de ser... só pode ser... hum... será? Bem que eu deveria ter escrito estas impressões no mesmo dia da prova! Agora são as minhas memórias que navegam em um nada sem fim.
Em tempo: Terra à vista! Este vinho, conforme pude constatar na web, recebeu do Robert Parker um 86, um 87 com “Best buy” da Wine Spectator, 3 estrelas da Revista Prazeres da Mesa e 4 pontos da Veja Vinhos. E agora recebe um PPN Atlan Vitis que abarca dos 81 pontos até possivelmente 88. Será? Já está sendo...

Detalhe: Um rótulo que merece ser apreciado (por dentro e por fora) para ninguém ficar mareado.

PPN: 81...88;

sexta-feira, 23 de julho de 2010

DONA MATILDE 2007 DOURO DOC - Portugal


Produtor: Quinta Dona Matilde, Régua, Portugal
Castas: Vinhas velhas com variedades tradicionais da região demarcada do Douro
13,5% teor alcoólico; - R$ 20...40 R$ - ($7,40 Euros)
Prova: 19.06.2010 – Confraria Lúdico Vínica do Mirante da Barreira do Inferno

INTRÓITO: Um vinho que possivelmente não tem representantes comerciais nem tampouco importadores aqui no Brasil. Assim, para degustar um desses, somente trazendo via bagagem mesmo ou outros caminhos. Mas, graças à um casal de amigos enófilos da Confraria acima citada, o Atlan Vitis pode conhecer mais um honesto e misterioso vinho de Portugal, como normalmente assim o são. E nada de ruim não. Longe disso. Um vinho que merece outra atravessia oceânica para ser brindado em ambiente familiar sempre. Se bem que... há outros vinhos a nos surpreender que os próprios fisioterapeutas enófilos já puderam nos apresentar, o que ficará para uma postagem em breve. Enquanto isso, vamos ao vinho de combate da Quinta Dona Matilde, mas não sem antes agradecer de público pelo brinde e pela oportunidade: Valeu enófilos do mirante 1402, muita saúde!!!

COPO/COR: Rubi Violeta super fechado.

AROMAS: Balsâmico, floral e com evidentes frutas vínicas. Porém, tudo isso de forma muito tímida, como se estivesse a esconder o jogo. Ou não!

INTERMEZZO: Para a sua “existência” os produtores adotaram alguns cuidados que foram desde a apanha das uvas em caixas de 25kg, criteriosa seleção dos cachos na entrada e até pisa a pé de parte do lote deste vinho. Aconteceram, certamente, outros detalhes e pormenores, porém, convém citar, este Dona Matilde também estagiou 9 meses em cubas outros 3 em garrafa.

BOCA: O terroir do Douro bem presente. É gostoso quase guloso. Potente. Boa carga tânica. Talvez o que encontramos em boca seja uma herança dos cuidados e do processo na elaboração deste.

PÓS-BOCA: Boa persistência com continua sensação dos taninos das uvas a integrar-se e espalhar-se na boca. Vibrante e potente. Feito um monte de chumbinhos a explodir no chão e arrancando gargalhadas mil das crianças.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Concordo com comentários colhidos na web em que dizem ser este um vinho enigmático. Mas, por que enigmático? Seria pela presença austera dos taninos em seu corpo? Seria pelo jogo de esconde esconde dos aromas? Ou, curtindo e sem medo de ser feliz com este vinho, seria a possibilidade deste vinho permanecer ainda em guarda? E levemos em conta, para possíveis resposta, que este é o vinho de “combate” da produtora. Ou seja: um vinho para o mercado do agora. Bom... mas isso não diz muito e não impede que muitos o possam tê-lo em guarda. Do blog: um vinho benquisto e que certamente será agradável a muitos, independente do que enigmático poderemos perceber. Vivas ao casal amigo que possibilitou a degustação deste. Bravo.

Em tempo: acesse Dona Matilde e “puxe” a ficha técnica deste e de outros, como assim o fiz e então pude colher algumas das informações aqui escritas.


PPN: 81...88