quarta-feira, 30 de junho de 2010

CASA PERINI MERLOT 2008 - BRASIL

Produtor: Casa Perini, Vale Trentino, Farroupilha/RS, Brasil
12% teor alcoólico, -R$ 15...20 R$-
Prova: 16 e 17 de maio de 2010.

INTRÓITO: O Mirante 1101 do Parque do Itatiaia no Município de Parnamirim, fronteira confusa com Natal/RN, foi palco mais uma vez para a prova de um vinho Tupiniquim. Desta vez um vinho fácil de encontrar nos supermercados da Grande Natal. Um vinho que, pelo rótulo e marketing do olhar, oferece-nos informações que aguçam a vontade de experimentá-lo, mesmo se tratando de um vinho nacional sem maiores repercussões. Eis o que foi anotado após dois dias de prova:

COPO/COR: Vermelho tinto jovem. Uma bonita cor.

AROMAS: No contra-rótulo encontraremos a afirmação deste vinho possuir lembranças de: especiarias, frutas maduras e algumas notas de café e baunilha. No primeiro dia, o Atlan Vitis só foi atiçado pela lembrança clara de claras de ovos (por certo por causa de algum processo de clarificação do vinho!). Em algum momento foi perceptível frutas vermelhas maduras... frutinhas. Já no dia seguinte, com o mesmo vinho, só que com a temperatura bem mais baixa, teve a ocorrência de um leve carvalho e talvez alguma fruta verde intromissora nos aromas. Seria alguma uva verde/branca sem querer?! Kiwi? Especiarias ao álcool.

INTERMEZZO: Nos supermercados encontramos uma promoção: dois deste Perini mais um abridor propaganda da vinicola e um corta gotas. Gostei do corta gotas.

BOCA: Gostoso, gostosinho. Mostrou-se até equilibrado ou com certo equilíbrio demasiado que gera-nos um anti-equilibrio. Desconfiança mesmo. Ainda assim mostrou-se moderado em taninos em ambos os dias de prova.

PÓS-BOCA: Mediana persistência. Mas confesso que no primeiro dia cheguei a pensar interrogativamente: “Existe pós-boca, retrogosto, neste Merlot 2008?”

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: No primeiro dia poderia ter sido um desastre se o vinho estivesse desequilibrado e inundado com as claras de ovos. Passou... e o jantar maravilhoso da Chef Nanda cobriu os defeitos de um vinho inadequado para a ocasião. Já no segundo dia senti que a madeira cobriu a Merlot farroupilhana esperada e nada mais. Por favor, ao provarem este vinho – e recomendo, apesar das claras evidências de não ser um vinhaço – não se esqueçam de servi-lo um pouco abaixo da temperatura recomendada. Fiquei com a impressão de que ele se comporta melhor na casa dos 15 graus Celsius. Será?! Agora é com vocês...

Em tempo: Experimentei também, semanas depois, o Cabernet Sauvignon desta mesma linha da Casa Perini. Infelizmente (ou não!) nada registrei em minha caderneta de provas. Ao menos não me lembro das claras. Gostaria de provar outras safras, acima de 2008.

PPN: 72...77

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