segunda-feira, 8 de março de 2010

PAULO LAUREANO CLÁSSICO 2008


Vinho Branco Paulo Laureano Clássico – 2008
Regional Alentejano – Portugal
Castas Antão Vaz e Roupeiro
Produtor: Paulo Laureano Vinus, LDA.
13,5% teor alcoólico; R$ abaixo de 45 R$
Carnaval Pólo da Redinha, Natal/RN; Data: 15.02.2010


INTRÓITO: um vinho que leva o nome de um grande enólogo português mas que traz-nos de forma engrandecedora, outras histórias e inúmeros outros nomes ocultos: – Que homens e mulheres se esforçaram, da vindima e do preparo da terra; do transporte e das decisões logísticas; do preparo e reparo; da assessoria e das decisões finais para termos em mãos e em taças um Paulo Laureano Clássico?

COPO/COR: Uma visão aquosa de palha de milho ressecada;

AROMAS: Aromas longínquos de folhas de limões, laranjas e tangerinas; Cascas de peras verdes. Outrossim, um indecifrável aroma agridoce espetacular e sublime;

INTERMEZZO: notas de prazer;

BOCA: Um resumo aromático a deslizar de forma mezzo alcoólica e ao mesmo tempo saborosa quando em boca;

PÓS-BOCA: a dar-nos água na boca. Ou seja, um retrogosto opulento para um branco deliciosamente concentrado e com arremates minerais – talvez a mistura da água e da terra do Alentejo; vida mineral; salutar;

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Os vinhos brancos portugueses ainda apresentam-se enigmáticos e emblemáticos para este editor do atlanvitis. Talvez seja necessário uma estadia em terras lusitanas. E tem quem me aponte: é simples. Sim, simples, basta atravessar o atlântico e ... "Simples?! Os enigmas não precisam de atravessias oceânicas. Eles é que atravessam por si só. O quebra-cabeça do discernimento de um vinho começa a ser montado sem inicialmente nos munirmos de vivência in loco. Sem, necessariamente vivermos a vindima do próprio." (é o que concluiu um incógnito poeta, rompendo meu escrever e devaneios de caderneta de enófilo aspirante) Bom, após pensar conclusões e inclusões...
Este Paulo Laureano trouxe boas novas à casa de cá. A este mirante de enigmas que tornou-se o atlanvitis. Que, uma vez desbravado e mesmo sem ainda tê-lo em um resumo ou carimbo de impressão divulgado, este inusitado branco repleto de vida do Alentejo via castas Roupeiro e Antão Vaz tornou-se táctil ao que de táctil possa ser tateado pelos sensos físicos de um corpo humano. Tornou-se salutar ao que de salutar saltou à imaginação e de lá não mais quis se desgarrar. Daí ser emblemático. Daí ser essa mistura de enigma em constante labuta por uma solução ao mesmo tempo em que paira como um estandarte para licenças poéticas que resultam em abstratos próximos de emblemas. Um vinho bandeira a mirar todos os mares.

Em tempo: Ou seja: gostei. Mesmo sem ainda estar gabaritado para comentá-lo.

PPN: 83...89

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