domingo, 20 de dezembro de 2009

UM CHILENO E UM PORTUGUÊS COMO MELHORES DE 2009!!! até então...

Apesar de não ter postado sobre o Santa Carolina reserva, casta Carmenere, safra 2007, fica aqui o devido registro do ATLAN VITIS para o ENOBLOGS, como um dos melhores vinhos neste 2009 que se finda; lado a lado com o Dão 2005 do Club des Sommeliers, um vinho tinto português que não só me arrebatou como a grande surpresa do ano, mas também a de pessoas mui próximas a este editor do Atlan Vitis - poderemos rever em dão 2005 .

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

TRANSPOSIÇÃO DE RIO VIA VINHO


Vinho Rio Sol Vale do São Francisco – 2006
Cabernet Sauvignon e Syrah
13% 13/12/2009 R$ 9,98 (no Hiperbompreço) Nota: 78

INTRÓITO: A transposição do Rio São Francisco já pode ser sentida de há muito tempo... através dos vinhos por lá produzidos. E este Rio Sol é um dos expoentes. Vejamos...

COPO/COR: vermelho tijolo ou vermelho pálido. Não há mais a cor ruby intensa como anunciado no contra-rótulo;

AROMAS: Ares de terra molhada com frutos vermelhos maduros trazendo-nos lembranças rústicas do campo. O álcool está incrivelmente discreto - esperava uma alfinetada!

INTERMEZZO: gosto do casamento da letra “o” do rio com o sol... gerando um oito, um infinito, uma certa mística real para uma real mística dos vinhos. para tal vide sitio: http://www.riosol.com.br/

BOCA: Apesar de nunca ter bebido da água do belo Rio São Francisco, em boca este vinho evoca-nos uma nítida impressão de sabor e cheiro de rio, ribeirinho, ribeirão; num remanso lado a lado com encostas de barro e terra úmida.

PÓS-BOCA: Percebe-se frutados levemente adocicado, porém, rápidos... eqüidistantes à duração de um mero segundo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: a primeira idéia ou “coisa” a ser desenvolvida como uma idéia do que seja uma impressão para este vinho é o forte desejo de vê-lo melhorar. Desejos de poder vislumbrar um vinho do nordeste brasileiro e sua vinícola produtora a atingir um grau de satisfação que nos arranque suspiros de júbilo.
Contudo, numa esfera de avaliação imparcial, temos um vinho com certo vigor nos aromas. E lado a lado com estes aromas temos, em boca, uma transfiguração desta força pacífica dos aromas, levando-nos a um passeio em um cânion desconhecido no mundo dos vinhos. Pena que num átimo este passeio não passe de um devaneio onírico. Força para que em breve venhamos a degustar outros “Rio Sol” com uma impressão mais duradoura.


Na abertura do sitio da RIO SOL há um pequeno trecho/texto que resume bem a impressão do Atlan Vitis, caiu como luva: "Na numerologia o oito representa o Logos, poder criativo e regeneração."

Em tempo: já experimentei outros da Rio Sol, porém ainda não os experimentei com o olhar Atlan Vitis. De princípio registro: impressões para melhor existem a estes enigmáticos vinhos do Rio São Francisco!
PPN: 72...78

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Vinho DOÑA DOMINGA – Chilean “Huaso” dance


DOÑA DOMINGA – Chilean “Huaso” dance 2008
70% Cabernet Sauvignon – 30% Carmenere Old Vines

Colchaga Valle – Chile (Viña Casa Silva S.A.)
R$ 16,90 13,5% 28.11.2009 nota: 84


INTRÓITO: neste cosmos da Enologia em “assemblage” com a viticultura e a vinicultura, será sempre uma honra podermos – ou assim que a vida nos for permitindo – desfrutar vinhos oriundos de videiras centenárias. A Viña Casa Silva, sabedora desta riqueza simbólica, oferece-nos de forma até modesta, inúmeras possibilidades. Este Doña Dominga é uma dessas possibilidades. A mais modesta? Saibamos...


COPO/COR: Rubi cristalino – claramente jovem;

AROMAS: frutado para frutas silvestres vermelhas;

INTERMEZZO: aconselho a visitarem o blog sitio http://www.qvinho.com.br/ e garimparem o ótimo post Qvinho On The Road 2009 – Casa Silva;

BOCA: frutados exuberantes – será que exagerei?

PÓS-BOCA: Taninos presentes sem serem agressivos nem tampouco mui distantes; um vinho correto e honesto para o dia a dia. Porém, um vinho de matrizes centenárias que proporciona um final agradável na boca.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Temos com este Doña Dominga um vinho honesto e correto e com uma relação de custo beneficio muito salutar – ao nosso bolso e à nossa saúde.


Contudo, vale aqui a ressalva de sabermos que na linha da Casa Silva os vinhos galgados acima deste desbanca tranquilamente este belo corte de Cabernet Sauvignon com Carmenere, como pude constatar em rápida pesquisa via internet e nãoa in loco.


Será que este Doña Dominga em comparação com os outros da centenária Viña Casa Silva há de emparedá-lo como um simples aperitivo ou um mero limpa garganta?


Para o Atlan Vitis fica uma certeza e um caminho apontado após degustação: que o embalo – por enquanto desconhecido - deste Chilean “Huaso” dance vinho Doña Dominga seja apenas o alongamento aquecimento para uma boa seqüência com futuros outros bons vinhos desta respeitada Casa Viña Chilena. E a esta minha afirmação reitero: consultem o excelente postagem em Qvinhos http://www.qvinho.com.br/vinhos/chile/qvotr2009-vina-casa-silva/

EM TEMPO: dizem que a primeira impressão é a que fica. Digo-vos: este rótulo da Doña Dominga é simples e alegre com esta feliz referência à dança “Huaso”. Conquista pelo olho, gerando confiança ao desbravar da primeira impressão.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

BENJAMIN TEMPRANILLO 2008


TITULO: Benjamin tempranillo 2008
nieto senetiner - ARGENTINA
13% R$: 18,90 nota: 82
Data: 06.12.2009

COR: vermelho quase profundo, límpido e brilhante... talvez um belo ruby se pronunciando...

AROMAS: frutado. Somente frutado. Não em demasia. No limite para sentirmos o frutado somente frutado. Agora, no contra-rótulo propagandeia-nos “ameixas e amoras maduras com notas de menta e chocolate por sua passagem em barricas de carvalho.” Estou até agora tentando sentir... bom, vou fazer algo melhor... adquirir outra garrafa e mantê-la em adega por uns dois anos. Será que ocorrerá alguma mágica com a guarda? De frutados para mentolados e achocolatados? Será?

BOCA: O álcool que se sente via aromas não acontece na boca. É fino e elegante. Não é portentoso. Contudo, trazem-nos lembranças de vitalidade, tal qual um tango a nos empolgar. Cambalacho entre música (Piazzola?) e um casal de excelentes dançarinos de tango.

PÓS BOCA: curto. Mas não curtíssimo.

IMPRESSÃO ATLAN VITIS: Dizem que a uva tempranillo tem esse nome devido à constatação de amadurecimento muito cedo. Talvez cedo tenha sido minha decisão em abrir este tempranillo da Nieto Senetiner. Digo isto porque às vezes procuro incentivar minha intuição de enófilo neófito e com este vinho estou almejando tê-lo em guarda para daqui a um ou dois anos voltar a experimentá-lo.
Passando da intuição para uma constatação de terroir, percebo que este tempranillo vero se assemelha com os que a miolo vem produzindo via Fortaleza do Seival na região da campanha gaucha.
Devo garimpar também, em breve, um uruguaio tempranillo para fazer valer esta minha constatação de terroir deste cone sul centro atlântico – Brasil, Uruguai e Argentina. No mais este Benjamin Tempranillo é elegante e o suficiente para alegrar-nos. Dito isto se subentenda: não decepciona, mas também não nos decola em eflúvios de vibração! Dá pra ver ouvir e, utilizando uma expressão de Décio Pignatari, “ouviver” tangos bem acompanhado, enologicamente falando.

domingo, 6 de dezembro de 2009

VINHOS COM BIPOLARIDADE...

Dando vazão a este meu espírito neófilo neófito, vez ou outra elaboro algumas questões que podem ter alguma coerência e servir sim de mote para discussões mais elaboradas.

Por isso que num post atrás perguntei: Barricas de ipê roxo existem?

Mas, não o fiz com o intuito único de lançar a missiva ao espaço inifinito da web com seus desdobramentos imprevisiveis. O fiz por estar a labutar em reflexões mil nos porquês da utilização de barricas clássicas: o carvalho francês e seus desdobramentos em finesse (Tronçais, Limousin e Allier) o americano e até o carvalho esloveno... já que aqui no Brasil temos cachaças a envelhecer em barricas (ou seriam tonéis?) de ipê.

Assim, hoje quedei-me a imaginar num momento em que hei de deparar-provar-degustar-vivenciar com um vinho que, intrigantemente, nos faça "enxergá-lo" por até dois caminhos ou mais. Será possível que já exista alguma nota, algum blog e seus autores que nisto tenham se aventurado. Se sim, cá estou para receber tais indicativos... se não, aguardarei tranquilo; com ou sem reflexões a mil.

Porém... hum! ... será que eu já provei um vinho com bipolaridade?

De imediato vou vasculhar nos recônditos arquivos d'alma.

sábado, 5 de dezembro de 2009

VINHOS A ABRIR UMA NOVA PERCEPÇÃO! Parte 2


CLUB DES SOMMELIERS DÃO DOURO 2005

PORTUGAL CASTAS TOURIGA NACIONAL,

TINTA BARROCA E TINTA RORIZ
PRODUZIDO E ENGARRAFADO POR:
CAVIPOR – VINHOS DE PORTUGAL PENAFIEL
Data: 30/11/20009 12,5% Nota: 90 R$ 19,90

AROMAS: Frutas maduras misturado com ares minerais. Madeira elegante, presente, mas sem ser chamativo.

COR: Vermelho Bordô mesclado com tons de “telhado” tradicional. Com sinais visíveis de envelhecimento recente.

BOCA: Uma mineralidade excepcional. Além do mais, descontando que sou um enófilo neófito, digo: Este é o tipo de vinho que hei de degustar sempre – casou com a minha centelha/persona.

PÓS BOCA: Longo, aromático e levemente transcendente.

IMPRESSÃO FINAL: É um vinho que abriu-me todo um écran para a realidade vitivinícola portuguesa. Parelha com o outro Club Des Sommeliers que consumi recentemente (vide postagem anterior), deparo-me, mais uma vez, com um néctar ímpar, que descerrou as portas centenárias desta cultura vinícola lusitana. Deixando-me agora em afinidade incomensurável com este universo de castas que hei, mais do que nunca, desbravar.
Provar vinhos portugueses é preciso. Vivenciá-los é preciso. E não importa de que quadrante luso regional terei em mãos e em taça o líquido que se faz poesia na terra península de poéticas pessoas. Na terra/mar dos Fernandos e Saramagos. Terra/água do Douro, do Dão, do Alentejo... terra além mar desta vizinha Atlan Natal. É preciso e preciosíssimo.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

VINHO NA SEXTA-FEIRA TREZE!


VINHOS A ABRIR UMA NOVA PERCEPÇÃO! Parte 1;


CLUB DES SOMMELIERS DÃO D.O.C 2005 PORTUGAL CASTAS AFROCHEIRO, TINTA RORIZ E TOURIGA NACIONAL PRODUZIDO E ENGARRAFADO POR: CAVIPOR – VINHOS DE PORTUGAL PENAFIEL


Data: 13/11/2009 uma sexta-feira treze 12,5% R$ 19,90 (Supermercado)

Enófilo neófito confesso (ou aqui e agora confidenciado), este vinho lusitano inaugura-me, perceptivelmente, uma magia que até então eu não julgava conhecer, apesar de desconfiar. Vinhos que surpreendem e dão um susto ultra agradável. Vinhos capazes de nos presentear, enigmaticamente, sensações e júbilos ante o labor e o estudo da enogastronomia e da degustação propriamente dita.
E foi guiado por uma intuição que me leva a este bem querer milenar das degustações de vinhos, que resolvi sentir os aromas advindos do gargalo da garrafa. Sim! Com o vinho a descansar na garrafa durante um jantar da sexta-feira 13 de novembro, qual não foi a minha surpresa ao “fungar” a garrafa.
Surpresa esta ao deparar com aromas ricamente frutados, porém, não os frutados que vinho após vinho sempre sentira. Eram frutados outros. Exclusivos? Não sei. Creio que ainda hei de amadurecer muito para ser e ter um nariz tipo R.P.; em resumo: posso dizer que eram e talvez, graças à alma de minha memória, ainda o são aromas frutados levemente doces, contudo extremamente agradáveis.
No copo, lágrimas a perfazer linhas lentas para um vermelho nitidamente já denotando guarda; numa busca de inspiração para uma precisão da matiz luminosa cognominada em cor para este vinho, arriscaria misturar este vermelho meio rubi com aquela cor de tijolo de há muito castigada de sol. Talvez um âmbar a fazer um sutil degrade do olho até o anel do vinho na taça.
Minha nota não condiz com o meu devaneio poético para esta degustação ao Atlan Vitis. Mas, quem sabe alguém possa compartilhar de inéditas sensações, como assim o fiz com este “espanta males” num dia de sexta-feira 13?!

Assim, segue minha nota, sem espanto: 90 + 3 pontos extras = 93.


Em tempo: o que é uma sexta-feira 13 caso tenhamos, ou não, circunstâncias boas ou ruins em nossas vidas? Difere em quê de outras datas?


Felizes os que tomaram um excelente vinho,

sem nenhuma circunstância negativa neste 13/11/2009!!!

Detalhe 1: Minha esposa jamais pede outra taça ou repete a prova de um vinho com tanto entusiasmo como foi com este. Para ela vinho é vinho. Mas para mim, desta feita, ao sempre observar e admirá-la com amor, este vinho do Dão a conquistou. Assim, dou-lhe pontos extras.
PPN: 88...93

Detalhe 2:


Espetacular a pizza meia marguerita meia quatro queijos da Tomatino Pizzeria (Ponta Negra – Natal/RN) que compôs este jantar em plena noite de Sexta-Feira TREZE!!! ...

sábado, 21 de novembro de 2009

BARRICAS DE IPÊ ROXO

será que existem?

Vinho Tinto Casas Patronales Carmenere 2008


Data: 21.11.09 doutro mirante a mirar apenas uma brisa noctivaga advinda da Barreira do Inferno, no limiar entre Natal e o Trampolim da Vitória.13,5% vol.

Comemorando duas datas festivas de 1 ano - o 3.1 deste que vos escreve e 1 ano do Ipê Roxo que virou Bonsai sob cuidados do aguerrido enófilo Fregonezi, segue breves comentários deste e de um Lambrusco... todos sob auspicios de pizzas adornadas em ingredientes especialissimos: queijos, tomatinhos cereja, azeitonas e até sementes de girassol. Vamos ao vinho que, assim como a Vanessa, com um olho no seu pequeno e outro no capricho das pizzas, conseguiu abrilhantar a noite.
Um vinho mui correto e elegante. Moderno e completo.Aromas frutados e com leve toques de baunilha e ou madeira. e... no mais quanto a gosto, retrogosto e aromas seguem num patamar chileno esperado em se tratando de um vinho R$ 14,98 no Sams Club Natal. Porém... vamos ao que interessa, o grande destaque:Cor do vinho: um rubi extra cereja, tons negros ou de casca de cereja madura. Ou ainda, aproximando um pouco à realidade potiguar, a cor deste gostoso vinho lembra-nos os frutos Jambo bem amadurecidos, quase a cair, que nessa época espalham-se entre os inúmeros pés na capital potiguar. Espetacular. Cor espetacular!!!

PPN: 82...87

LAMBRUSCO VINO FRIZZANTE Fratelle Cella ITALIA
Próximo a região da Lombarda, chegou-nos este Lambrusco Dell´Emillia
Um vinho para comemorações e ou sobremesas, de preferência com as devidas amadas a tiracolo. Muito suave na boca. Talvez devido ao pouco álcool: 8%vol
Um espumante ideal para um brinde. Ideal para celebrações. Uma dupla comemoração de saúde ao homem e árvores a cá em pé, como o Bonsai de Ipê Roxo, doação do Parque das Dunas da cidade do Natal – RN em 2008 e que sob cuidados do enófilo e apaixonado por espumantes e cavas e “Espanhas” outras, Sr. Fregonezzi, denotam e espalham vida.
Como sou leigo quando o assunto é espumantes, fico aqui sem notificar uma nota a este Lambrusco. Mas deixo um registro de excelente agrado, pela comemoração e pelo gosto amabile.

VINHO TINTO REAL LAVRADOR 2007


Vinho Regional Alentejano – Portugal
12%Vol
Data: 19.11.2009

Vou transcrever as informações do contra-rótulo para depois rebater com minhas observações.
“O Real Lavrador é um vinho resultante da vinificação tradicional de curtimenta de uvas predominantemente da casta Castelão. Apresenta cor rubi, aroma e frutos vermelhos, sabor suave e equilibrado.”
Este Vinho é produzido pela Adega Cooperativa de Redondo e deve ocupar, numa pirâmide de qualidade, um posto certamente não destacado ou muito distante de uma qualidade “Premium”. Será que existem outros vinhos de cooperativa portuguesa, como esta, em que fazem vinhos de excelência?
Na taça visualizei uma coloração rubi mesclado com uma leve cor tijolo marrom; aroma frutado, com um misto de mentolado querendo fazer-se presente em conjunto com uma madeira bem agradável, mas talvez sem força para tal. Retrogosto com um pouco de amargor. Não achei o sabor suave e nem equilibrado, mas também não é desastroso.
Curiosidade: é um bom vinho para a minha querida avó Nom (83anos) colocar adoçante e se deliciar, assim como comumente ela o faz com seus vinhos. Até porque este me custou apenas R$ 14,90 no Nordestão.
PPN: 72...78
NOTA: Talvez 75 ou 76 ou seja: entre um elogio de “bom” e uma alcunha de vinho “médio”, mediano conforme queiram ou conforme lhe ditem os estado de espírito na hora da prova deste.
Em tempo: ainda assim terei coragem para experimentar as safras 2008 e ou 2009. será que valerá a pena?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

PANUL RESERVE CABERNET SAUVIGNON 2007 CHILE


VINHO TINTO PANUL RESERVE CABERNET SAUVIGNON 2007 CHILE
03.10.2009

Muitas redes supermercadistas há um bom tempo investem em “intercâmbios” exclusivos de vinhos. Aqui em Natal/RN, via rede Bompreço ou Hiperbompreço e Sams, todos da Wall-Mart, encontramos um vinho surpreendentemente bom, barato e acessível. Trata-se do Panul... basta alguns cliques de pesquisa na web e muitas páginas, inclusive de enoblogs, disponibilizam opiniões e comentários diversos sobre estes vinhos chilenos.
Para minha surpresa, encontrei um Reserva Panul por incríveis R$ 13,90 e se não me falha a memória, já degustado inúmeras vezes com amigos.
De coloração rubi muito viva na taça. Denotando ser ainda jovem apesar da alcunha reserve. Há uma complexidade de aromas. Talvez até um pipoco, uma espalhafatosa explosão de cheiros para todos os lados. Só que isso, para mim, não foi característica de elegância, nem tampouco de equilíbrio. Paciência! É um vinho correto, ma non tropo. A madeira, tanto no retrogosto quanto no gosto inicial quanto no pipoco explosivo de complexos aromas é o mote deste vinho. Mas respeito a procedência deste Panul Reserve - produzido e engarrafado pela Errazuriz Ovalle Vineyards – e o reconheço como um vinho bom e com tendência a ficar melhor numa possível guarda. Já posicionei na adega uma garrafa. Quem sabe após um descanso transformador este reserve realmente diga para que veio ao mundo?! Aguardemos com mais um vinho posto em guarda.
Para efeito de registro não posso esquecer que quem me apresentou estes chilenos "Errazuriz-Panul” chegando até este Reserve, foi minha querida sogra.

PPN: 78...82

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

VINHO GAMAY X EL NIÑO



VINHO TINTO MIOLO GAMAY 2009 BRASIL
03.10.2009

Taí um vinho ideal para essas décadas de fenômeno El Niño. Concordo com as informações do contra-rótulo em que percebemos nitidamente leveza e jovialidade. Servido geladinho, porém jamais ultragelado, há de ser um excelente acompanhante até almoços ao ar livre no Nordeste brasileiro em pleno verão ou não.
Se o vinho anterior aqui comentado literalmente tocou fogo, esse apaga e suaviza qualquer calor.
Hei de degustá-lo novamente para fazer uma “busca” mais acirrada quanto aos aromas e o seu destaque na boca. Assim que o fizer postarei aqui.
Interessante foi a aceitação deste entre as mulheres que o degustaram. No entanto, terminada a degustação de outros vinhos, este foi eleito por unanimidade como o melhor vinho de uma noite alegre e festiva. (os vinhos que concorreram foram: Vinho Tinto Panul Reserve Merlot 2006 Chile; Vinho Tinto Palácio Del Conde 2006 Crianza Valencia Espanha e o Miolo Seleção 2008)
No mais fico com uma excelente impressão deste vinho da Miolo, assim como fiquei também com uma agradável impressão quanto ao rótulo.
NOTA: 89

domingo, 15 de novembro de 2009

VINHO ESPANHOL TOCA FOGO NO PALÁCIO DEL CONDE!!!




VINHO ESPANHOL TOCA FOGO NO PALÁCIO DEL CONDE!!!
TINTO PALACIO DEL CONDE 2006 CRIANZA
UVAS MONASTRELL E TEMPRANILLO
PRODUZIDO E ENGARRAFADO PELA ANECOOP – COOP. LA VIÑA LA FONT DE LA FIGUERA (ESPAÑA) VALENCIA – DENOMINACION DE ORIGEN
Data da Avaliação: 03.10.2009

Este foi o último vinho servido dentre quatro numa noite de conversas mil, crianças em algazarra e de uma degustação planejada na base do “sem querer”. Agradeço, de antemão, aos amigos presentes. Em especial por fazerem valer a máxima de que vinho e amizade se não transformam vinhos em outros vinhos, ao menos reforçam a amizade, elevando-a em algo além de um bem mútuo.
Vamos ao Palácio... um vinho intrigante para este iniciante no mundo dos vinhos. Elaborado com uvas Monastrel e Tempranillo, importantes castas tinta espanhola. A Monastrel também é conhecida como Alicante e Morastell em outras regiões espanholas. Na França nas regiões Languedoc-Roussillon, Rhône e Provence, é conhecida como Mourvédre. Quanto a Tempranillo posso dizer que diversas literaturas a consideram a melhor uva tinta espanhola. Em Portugal ela é conhecida como Tinta Roriz na região do Douro e Aragonez no Alentejo.
Deixando de lado uma apresentação mais aprofundada comentarei de forma sucinta este vinho intrigante de Valencia:
Ácido e com muito álcool após abertura da garrafa. Mas resolvi deixar no copo descansando uns 10min enquanto “brincava” girando o copo e, feito um gato curioso, inspecionava de minuto em minuto as lágrimas postadas na parede da taça. Resultado: a acidez dissipou e um novo vinho apresentava-se à minha degustação. Só então resolvi me atinar para a percepção olfativa. Uma madeira longínqua e o álcool ainda e sempre predominando... um verdadeiro fator dominante neste tinto valenciano. Estou certo de que este fator dominante atrapalhou e muito a percepção do bouquet.
Na boca, após descanso e brincadeira girante, ficou mais agradável e volumoso. Antes estava muito ácido e que me fez pensar numa futura dor de cabeça via vinho. Valei-me de muita água como prevenção... sim, e o bom papo entre amigos fez-me não dar muita atenção para este vinho que mais parecia ser de ascendência ígnea. Só faltava a fagulha para decolar de vez o álcool presente. É fogo? Só se for fogo espanhol.

Curiosidade: Haja números no rótulo e contra-rótulo deste vinho espanhol; tirando a numeração do código de barras, há uma gama de números... relato isso me perguntando: seriam testes de qualidades quando ainda em barrica? Isso é para algum controle? Ou seria para um descontrole propositivo ante um vinho que está descontrolado em seu equilíbrio?

NOTA: 78

domingo, 1 de novembro de 2009

MONTADO 2008 - JMF


VINHO TINTO PORTUGUÊS
JOSÉ MARIA FONSECA - MONTADO 2008
CASTAS ARAGONEZ E TRINCADEIRA


Data da Avaliação: 30.10.2009

Noite. De um Mirante da Barreira do Inferno no limiar entre Natal e Parnamirim.

Esquecendo os típicos aromas etílicos, apresenta-se neste jovial vinho alentejano um buquê frutado e enigmático; há também outros frutados, suaves e tranqüilos, não decifráveis, que inundam-nos nossos receptores do olfato. Ares agradabilíssimos.

Já na boca uma quase semi decepção – se é que posso valer-me deste criar de expressão!!! Porém, não gostaria aqui, brevemente, fazer ruir este vinho. Nem tampouco desmontar o “Montado”. Ao contrário, pois o percebo integro, jovem e equilibrado. Minhas memórias, com mais de mil e um repasses de informações advindas das minhas papilas gustativas, agradecem este vinho elaborado com uvas que jamais houvera provado: Aragonez e Trincadeira. Creio realmente ser um viti debut consciente da minha memória tri-decana. Talvez uma pontada de acidez tenha me inspirado a criar este louco “quase semi decepção”.

Ainda assim, sem delongas, considero este Montado um Bom vinho, mesmo provando-o sozinho no silêncio de uma casa recém abandonada pelo crepúsculo. E indo mais além, estou a intuir que este tinto português, na companhia mágica de amigos, no compartilhar das sensações infinitas da enogastronomia, certamente há de se transubstanciar em Muito Bom.

E enquanto não compartilho uma nova empreitada avaliativa deste bom vinho da Jose Maria Fonseca, fica aqui este registro solitário. Mas, parafraseando Milton Nascimento e ?, como o solidário não quer solidão, faço o convite para que outros além da vastidão da web e dos enoblogs possam degustar e aprovar este vinho regional alentejano, nem que seja como eu fiz, numa garrafinha de 375ml, custando-me R$11,00 no supermercado. E, diga-se de passagem: numa garrafinha capaz de agraciar-nos com um buquê levemente adocicado frutado, capaz de montar em nossas memórias os fortificados clássicos porto portugueses.

NOTA: 82 ou será: 85?

sábado, 10 de outubro de 2009

Concha e Toro Reservadp Carmenere 2008





Noite. Casa dos amigos Guilherme e Vanessa (e para efeito de registro: os filhos filhotes Isabela e Leonardo... acompanhados de Fernanda e dos meus filhotes: Dimitri e Isadora)

Que surpresa agradavel e saudavel Ici! imediatamente após preencher minha taça e aproximar de meus sentidos do olfato ocorrera uma

explosão de cheiros... ma non tropo... contudo, e de fato, quao agradabile estes aromas frutados e ricos em madeira nao enjoativa... acompanhado de uma pizza à moda nordestina (carne de sol desfiada de forma sutil e nao abusiva; espelho da atmosfera da noite na casa dos resqueti fregonezi) mui agradavel.

Se eu tinha reservas quanto aos reservados, conforme lera e ouvira enoblogs afora, com este foi por terra... nao só aconselho como recomendo prová-lo e realizar uma avaliaçao saudavel, sem prejuizos ao juizo e ao coração.

PPN: 78...87

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

VINHO TINTO FORTALEZA DO SEIVAL TEMPRANILLO 2007


Data da Avaliação: 18.09.2009

Em casa. Noite.
Taninos suaves e com a presença do álcool não abusiva o que, definitivamente, não dará alfinetadas nem arrepios no corpo (só se estiveres num baita jejum! E olha lá!). Equilibrado.

AROMAS de madeira; talvez frutados mas não em demasia; às vezes ares de curral só que bem distante e dificílimos de perceber - por certo a empolgação olfativa de um avaliador iniciante interferindo com imaginação! Não é tão frutado, mas mantém-se leve e saboroso na boca.

Foi degustado no ápice do “ideal para consumo” constante no contra-rótulo. No entanto, acredito que deva manter-se elegante em guarda por mais alguns anos. Quem se aventura a fazer este teste?

Após a primeira taça (ou primeira avaliação, como queira), este vinho foi acompanhado de queijo parmesão faixa azul em pequenos cubículos sobre sementes de girassol salgadinhas e tostadas; levados à boca no melhor estilo “fingerfood”. Um petisco não arisco e que hei de arriscar outras vezes com este ou outros bons tempranillos.

O que será que há de acontecer com este vinho se o colocarmos em guarda por mais 2 ou 3 anos? Valerá a pena realizar esta experiência de guarda? Se sim, compre um agora, guarde e aguarde a expectativa posta em guarida; do contrário, não será desperdício comprar mais uma garrafa e, na companhia de amigos, em um possível churrasco noturno ou até mesmo numa pizza de domingo, poderás servir e “curtir” mais umas deste tempranillo nacional.

PPN: 82...87

terça-feira, 15 de setembro de 2009

ATLAN VITIS - 15 de setembro de 2009

esta primeira postagem é apenas a de testes para a "inauguração" definitiva deste novo blog.
aguardemos...